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Tudo errado: a queda do Vila Nova à Série C em 7 passos

15 nov 2014 - 10h25
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Considerada fiél, torcida colorada não suportou a crise de seu clube
Considerada fiél, torcida colorada não suportou a crise de seu clube
Foto: João Paulo Di Medeiros / MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra

Uma temporada para ser riscada da história. Assim pode ser definido o ano de 2014 para os colorados do Vila Nova. Após ser rebaixado no campeonato estadual, o Vila Nova confirmou o que era previsto e também caiu no Campeonato Brasileiro e retorna para a Série C em 2015.

Durou pouco mais de um ano a alegria do torcedor colorado por ter voltado à Série B. Com uma campanha inferior a 28% de aproveitamento e 29 pontos conquistados, o Vila Nova não poderá alcançar mais o Bragantino, primeiro time fora da zona com 39 pontos, nos três últimos jogos.

Desde o início da Série B, o Vila Nova não conseguiu demonstrar que brigaria por uma boa condição na competição. O time demorou seis rodadas para marcar o primeiro gol, venceu apenas três jogos em Goiânia. Números que sinalizam a má campanha realizada pelo tradicional clube goiano.

Problemas financeiros, gestão deficiente, apostas erradas, o Vila Nova tomou caminhos ruins durante toda a temporada e colheu dois rebaixamentos. A derrocada colorada não foi por acaso e elencamos sete pecados cometidos pelo clube que ajudaram a construir o pífio desempenho.

- Desmanche da base de 2013

Apesar da dificuldade, a temporada de 2013 terminou com saldo positivo. O time colorado conseguiu o acesso da Série C para a Série B. No entanto, a diretoria do clube não manteve jogadores importantes dessa conquista e desmanchou uma espinha dorsal já existente.

Jogadores como o zagueiro Douglas Assis, o lateral Tiago Cametá, o meia Thiago Marín e o atacante Frontini deixaram o clube. A diretoria entrou em rota de colisão com jogadores que tinham identificação com a torcida como o argentino Frontini e o zagueiro Neto Gaúcho.

Diretoria contratou no atacado: Dimba e Bruno Veiga são apenas alguns exemplos
Diretoria contratou no atacado: Dimba e Bruno Veiga são apenas alguns exemplos
Foto: Vila Nova/Divulgação / Divulgação
- Contratações no atacado

Já no início da temporada de 2014, a diretoria colorada admitiu que montaria dois times: um para a disputa do Estadual e outro mais forte para o Brasileiro Série B. A estratégia começou a naufragar ainda no Campeonato Goiano, onde o Vila Nova foi rebaixado para a divisão de acesso.

Ao todo, a diretoria contratou 47 jogadores para a atual temporada (mais de quatro times), sendo que 32 destes foram somente para a disputa do Campeonato Brasileiro Série B. O Vila Nova buscou jogadores acostumados com a disputa da Série B, mas não conseguiu formar um elenco coeso. O número assusta, mas o Vila Nova utilizou quase 70 jogadores diferentes em 2014.

- Doping do meia Robston

Na primeira semana de fevereiro uma notícia abalou o estádio Onésio Brasileiro Alvarenga. O meio-campista Robston, principal líder do elenco colorado, foi flagrado no exame antidoping por uso de cocaína. Apesar de não estar diretamente ligado à campanha na Série B, a saída de Robston desestabilizou o ambiente por toda a temporada.

Ídolos, Roni e Tim foram carta na manga para alta cúpula aliviar a pressão
Ídolos, Roni e Tim foram carta na manga para alta cúpula aliviar a pressão
Foto: Vila Nova/Divulgação / Divulgação
- Aposta arriscada

Com o fiasco do rebaixamento no Campeonato Goiano, a diretoria do Vila Nova encontrou uma solução para amenizar as reclamações da torcida. Colocou os ídolos colorados Roni e Tim no comando do departamento de futebol. Roni nunca tinha trabalhado como diretor de futebol, mas acumulava experiência como jogador e agente de jogadores.

A aposta se mostrou arriscada. A falta de respaldo da alta cúpula diretiva do Vila Nova também contribuiu para o insucesso no trabalho de Roni e Tim e o resultado final foi o rebaixamento colorado para a Série C.

Sidney Moraes teve influência na montagem do elenco colorado que sucumbiu
Sidney Moraes teve influência na montagem do elenco colorado que sucumbiu
Foto: Vila Nova/Divulgação / Divulgação
- Ciranda de treinadores

Outro problema grave no Vila Nova nesta temporada foi a constante troca de treinadores ao longo do ano. Foram nada menos que seis técnicos. A diretoria começou a temporada com o contestado Heriberto da Cunha. Apesar de ser o nome que levou o time ao acesso da Série C para a Série B, Heriberto não era unanimidade.

A aposta da diretoria foi no jovem Sidney Moraes, que havia se destacado no Icasa-CE em 2013. O treinador ajudou na montagem do elenco ao indicar inúmeras contratações. Sidney não conseguiu dar liga ao time e pediu o boné. Muitos jogadores saíram com ele.

- Inoperância ofensiva

“Quando a fase é ruim a bola não entra”. Esse ditado do futebol se aplicou ao Vila Nova nesta temporada. O sistema ofensivo colorado teve muitas dificuldades nesta temporada. A média de gols é inferior a um por jogo e o artilheiro do clube na temporada foi o atacante Jheimy com apenas oito gols.

A situação era mais crítica antes da chegada de Jheimy, em meados de julho, quando o goleador máximo era o atacante Rafael Oliveira com apenas três gols. O Vila Nova chegou a ficar seis jogos sem balançar as redes no início da Série B.

- Crise financeira

A grave crise financeira que atingiu o Onésio Brasileiro Alvarenga também pesou na derrocada colorada. Os jogadores do elenco colorado ficaram sem receber seus salários por mais de três meses. A situação ficou tão crítica que os jogadores chegaram a iniciar um movimento de greve.

Fonte: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
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