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Elencos mudam, e dupla Ba-Vi preocupa na volta do Brasileiro

22 jul 2014 - 07h35
(atualizado às 07h37)
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Talisca era o principal destaque do Bahia quando foi vendido ao Benfica, de Portugal
Talisca era o principal destaque do Bahia quando foi vendido ao Benfica, de Portugal
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia / Divulgação

Vitória, quinto colocado no Campeonato Brasileiro de 2013. Bahia, de bom início no certame do ano passado e começo regular no do ano corrente. Ambos com pretensões de chegar à Copa Libertadores. Hoje, o passado e as ambições parecem distantes: as duas equipes lutam contra o rebaixamento e têm uma derrota e um empate, cada uma, após o fim da pausa do Brasileiro para a Copa do Mundo.

Tanto Bahia quanto Vitória tiveram muitas mudanças no elenco, principalmente no intervalo do campeonato, o que ajuda a explicar o reinício devagar das duas equipes baianas. Porém, a má fase vem de longe e os dois times não vencem há oito jogos, tendo conquistado seus últimos triunfos na terceira rodada. Atualmente, o Bahia ocupa a 16ª posição, com  pontos, enquanto o Vitória está na 17ª, e abre a zona de rebaixamento, com um ponto a menos.

Após os empates da dupla Ba-Vi contra Atlético-MG e Corinthians, os técnicos das equipes baianas, Marquinhos Santos e Jorginho, viram evoluções em seus times e mostraram confiança em melhoras. Será que é para tanto? O Terra mostra o que está prejudicando Bahia e Vitória e traz as avaliações internas de treinadores e jogadores para o momento ruim das equipes.

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Antes mesmo da pausa para o Mundial, o Bahia já vinha em queda de produção acentuada. As lesões de Rhayner e Lincoln foram muito sentidas, e os substitutos não acompanharam o bom nível de dois dos principais jogadores da equipe na temporada até aquele momento. Lincoln segue em recuperação por uma lesão no joelho e, apesar de o atacante Rhayner já ter se recuperado, ele não está 100%.

Além disso, o Bahia perdeu o seu principal atleta, o meia Anderson Talisca, eleito o melhor jogador do Campeonato Baiano de 2014, com apenas 20 anos. Vendido ao Benfica por cerca de 4 milhões de euros (R$ 12 milhões), Talisca foi a maior venda da história do clube e uma das maiores do futebol baiano em toda sua existência. Com oito gols no ano, o jogador era o artilheiro do Bahia em 2014, e era importante também nas bolas paradas. São dados que deixam claro o quanto sua ausência já é sentida na criação e finalização de jogadas.

Veja os gols de Atlético-MG 1 x 1 Bahia pelo Brasileiro:

Após a derrota para o São Paulo, na última quarta, o técnico Marquinhos Santos chegou a lamentar a saída de Talisca e frisou a importância de Lincoln, Rhayner e também do lateral direito Diedo Macedo para a equipe.

"Sabemos das condições que o Bahia vem passando, nessa reestruturação financeira. Não adianta colocar jogadores e trazer por trazer. Perdemos o Talisca. Tivemos que reestruturar a equipe. Vejo que a ausência do Lincoln e do Talisca seja o ponto de desequilíbrio. Fico satisfeito com o retorno de Rhayner e Diego Macedo. Agora é ganhar ritmo", disse. Para o meio-campo, o treinador ainda pode ganhar o reforço do argentino Leandro Romagnoli, do San Lorenzo, provável substituto de Talisca.

Na partida que se seguiu ao jogo contra o São Paulo, no último sábado, diante do Atlético-MG, o Bahia jogou melhor do que contra os paulistas, mesmo atuando longe de sua torcida. Contra os mineiros, a equipe tricolor criou chances e quase saiu com a vitória do estádio Independência. Apesar do empate, Marquinhos Santos valorizou a atuação da equipe e comemorou o fim da sequência de quatro jogos com derrotas. Um resultado que também ajudou a afastar as especulações sobre a troca de comando na equipe. Os nomes de Dorival Júnior e Ney Franco estavam sendo ventilados, mas a diretoria tem demonstrado respaldo ao técnico, que foi campeão baiano.

"Acho que o momento não é de valorizar os oito jogos sem vencer. Foi quebrada uma sequência de derrotas. Conseguimos um bom resultado fora de casa. O Bahia jogou com alma. O grupo está de parabéns pela determinação, por fazer tudo o que foi determinado e pela qualidade individual de cada um. Tivemos as chances de vencer o atual campeão da Libertadores, que é quase imbatível em casa. O time agradou demais, principalmente a entrega do grupo como um todo. Vimos um Bahia forte, com alma e muito melhor compactado. O gosto é de derrota, pelo que o time produziu, mas temos que valorizar o resultado. Confio plenamente na diretoria. Eles confiaram no meu trabalho lá atrás, e fomos campeões baianos", declarou o treinador.

Diante do Atlético-MG, o Bahia estreou o zagueiro Adaílton, um de seus reforços contratados durante a Copa do Mundo. Entre as cinco caras novas da equipe, a expectativa da torcida está depositada sobre os atacantes Kieza e Marcos Aurélio, que ainda não entraram em campo, mas chegam para disputar uma posição no comando do ataque do clube, setor no qual a diretoria buscava reforços desde o início do ano. Léo Gago e William Barbio, contratados, já entraram em campo.

Embora coadjuvante, Adaílton chega com experiência, e foi o porta-voz da equipe no primeiro treinamento da semana, nesta segunda. O defensor, 31 anos, acredita que um bom resultado contra o Corinthians, nesta quarta, em jogo válido pela Copa do Brasil, pode fazer com que o Bahia respire novos ares também na Série A.

"O time começa a dar passos consistentes e mostra o resultado da preparação, que foi excelente. Gostaria de frisar que o Bahia não passa mau momento. Os resultados não são felizes, mas de uma hora para outra tudo pode mudar. Estamos trabalhando bem e naturalmente o resultado virá. Um bom resultado dá uma melhoria da confiança, traz tranquilidade. Um jogo como esse contra o Corinthians, mesmo sendo por outra competição, pode dar uma confiança muito grande. Um bom resultado repercute nas nossas próximas partidas", analisou.

<p>Lesionado, Escudero entrou em fase final de recuperação e deve reforçar o Vitória nos próximos meses</p>
Lesionado, Escudero entrou em fase final de recuperação e deve reforçar o Vitória nos próximos meses
Foto: Felipe Oliveira/EC Vitória / Divulgação
Vitória

O Vitória, por sua vez, tem um ano bastante negativo e, ao contrário do rival, não teve nenhum motivo para comemorar em 2014. Além da perda do estadual para o Bahia, a equipe acabou eliminada na primeira fase da Copa do Brasil e começou muito mal o Brasileiro. Até agora, a equipe tem apenas um triunfo, diante do Fluminense.

No início da temporada, Ney Franco perdeu peças importantes, principalmente na defesa, setor mais criticado da equipe. Victor Ramos e Kadu, antigos titulares, foram negociados, e a defesa, que já sofria muitos gols, principalmente em jogadas aéreas, perdeu o entrosamento que tinha. A diretoria tentou trazer a dupla de volta, mas apenas Kadu retornou, durante a Copa do Mundo.

Antes disso, na quarta rodada, Ney Franco pediu demissão e acertou com o Flamengo. Sem muitas opções no mercado, o Vitória demorou para anunciar Jorginho, o atual comandante, que assumiu o time apenas na sétima jornada do campeonato. As lesões de jogadores importantes, como Escudero, que está parado desde fevereiro, e de Juan, que se recupera de lesão sofrida há dois meses, também ajudam a explicar o momento negativo do time.

Neste ano, o Vitória jogou apenas três vezes no Barradão, que estava em reforma para receber treinamentos na Copa do Mundo, e o estádio só pode ser utilizado pela equipe no Brasileiro pela primeira vez no domingo, contra o Corinthians. Não poder atuar em sua própria casa também tem sido um motivo ao qual os rubro-negros atribuem a má fase.

Em junho e julho, o elenco do Vitória passou por muitas mudanças. Alguns jogadores importantes, como Marquinhos e Souza, deixaram o Barradão, e a diretoria contratou oito reforços nestes meses, entre eles Kadu, o volante Richarlyson, o atacante paraguaio Guillermo Beltrán e o meia uruguaio Luis Aguiar. O grande número de contratações é reflexo da terceira diretoria de futebol somente este ano, o que também atrapalha o planejamento do time. O Vitória começou 2014 com Raimundo Queiroz como diretor de futebol, viu Felipe Ximenes passar apenas um mês no clube e seguir Ney Franco rumo ao Flamengo, e agora tem Marcos Teixeira como titular do cargo.

Veja os lances de Vitória 0 x 0 Corinthians pelo Brasileiro:

O técnico Jorginho está ciente do grande número de mudanças às quais a equipe foi submetida. Muitos destes jogadores ainda não estão totalmente preparados fisicamente, de acordo com o treinador. Jorginho, porém, está otimista. Disse ter visto evoluções na equipe desde que a Série A voltou da pausa forçada.

"Não temos jogadores inteiros ainda, então temos algumas substituições praticamente programadas. Eu não posso perder os atletas. Aqui, no passado, muitos jogadores se machucavam fácil por causa disso. E nós temos que usar todo o elenco para não perder. Falta um pouco de confiança, ainda, mas a equipe já evoluiu bastante, e a tendência é que evolua mais. Temos mais jogadores para estrear ainda. Temos que tentar mobilizar os atletas para ter capacidade de entendimento, para que possamos melhorar", avaliou o técnico.

Além dos vários reforços contratados, que ainda precisam de entrosamento, um alento para o Vitória pode ser o retorno do meia Escudero, um dos principais jogadores da equipe na boa campanha no Brasileiro de 2013. Fora de ação desde fevereiro, quando rompeu os ligamentos do joelho e precisou ser operado, o argentino está na fase final de recuperação e já está treinando. Os treinamentos ainda são em separado, e o jogador faz sessões de fisioterapia. O retorno aos campos estava previsto para setembro, mas o departamento médico do clube não descarta uma antecipação para o mês de agosto.

Fonte: Paço Virtual - Comunicação, Consultoria e Projetos LTDA - ME - Especial para o Terra Paço Virtual - Comunicação, Consultoria e Projetos LTDA - ME - Especial para o Terra
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