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Vai ter pênalti? Juízes pagam pato por confusão CBF x Fifa

Alvo de críticas por natureza, árbitros ficam ainda mais expostos diante da controversa nova recomendação de bola na mão em que a CBF diz uma coisa e a Fifa diz não ser bem assim.

27 set 2014 - 11h43
(atualizado às 12h02)
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A rodada deste fim de semana da Série A do Campeonato Brasileiro terá, talvez pela primeira vez, uma figura incomum no centro das atenções em meio aos onze jogadores de cada lado: os árbitros. Com uma avalanche de críticas de todos os lados e polêmicas que chegaram até a Fifa com a confusão pela “mão na bola”, os responsáveis por comandar as partidas resolveram se rebelar para tentar diminuir o sofrimento.

O estopim da arbitragem veio na noite da última sexta-feira, quando o sindicato nacional da categoria ameaçou uma greve, caso as críticas contra os profissionais não diminuam. A situação ocorreu após uma semana tensa para os árbitros, com novos erros crassos cometidos em partidas do Campeonato Brasileiro e reclamações dos clubes. Quadro agravado pelo "disse me disse" em relação à regra de bola na mão.

CBF admite preocupação com árbitros do Campeonato Brasileiro:

Há na edição 2014 do Campeonato Brasileiro, claro, falhas absurdas da arbitragem. Entretanto, a reclamação incisiva e constante de jogadores, técnicos, dirigentes, comentaristas e torcedores têm exposto ao máximo os profissionais, que pedem uma diminuição da ofensiva midiática contra a arbitragem. Em programa do SporTV, houve até a divulgação, por parte de Sérgio Corrêa, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, dos salários dos profissionais (R$ 3.400 para juízes Fifa e R$ 2.500 para os “comuns”).

Poucos são os técnicos que se controlam após verem suas equipes prejudicadas. Os microfones após a partida viram o palco para a reclamação e a passagem da culpa para os responsáveis por comandar as partidas é uma constante. Mano Menezes, Vanderlei Luxemburgo, Celso Roth e Abel Braga, entre tantos outros, são alguns dos treinadores que usam a prática – o corintiano, inclusive, teria até recebido uma “chamada” da diretoria alvinegra para diminuir os comentários.

<p>Reclamações constantes tiraram paciência de árbitros</p>
Reclamações constantes tiraram paciência de árbitros
Foto: Friedemann Vogel / Getty Images

Foi, no entanto, quando os jogadores entraram em cena durante as partidas que a polêmica viu o tom se elevar. O pioneiro foi o botafoguense Emerson Sheik, que após receber dois cartões amarelos em sequência e acabar expulso apontou para uma câmera e disse que a CBF era uma “vergonha” por causa do nível da arbitragem. Em jogo contra o Palmeiras, Richarlyson, do Vitória, utilizou a mesma estratégia para reclamar de um cartão amarelo.

Em meio a tudo isso, uma polêmica que colocou a entidade que organiza o futebol brasileiro e a Fifa, organizadora máxima do futebol mundial, em fogo cruzado aumentou ainda mais a exposição sobre a arbitragem. Os recorrentes pênaltis marcados por qualquer toque da bola na mão dos jogadores brasileiros, que prejudicaram Corinthians, Palmeiras, Flamengo, São Paulo e outros, foram colocados na conta de uma orientação da comissão de arbitragem nacional – a Fifa entrou na jogada e contestou, afirmando que a regra não é a de que toda mão na bola é falta.

A 25ª rodada do Campeonato Brasileiro terá grandes incógnita em torno dos árbitros. Mais firmes? Mais rigorosos com reclamações dos jogadores durante a partida? Qual vai ser a atitude em lances polêmicos? Uma coisa é certa: a gota d’água para os profissionais que comandam as partidas, que têm até que se preocupar com punições do STJD como a cedida para o árbitro da polêmica do racismo a Aranha no duelo Grêmio x Santos, já transbordou o copo e qualquer coisa pode acontecer.

Emerson sobre xingamentos a árbitro: "todo mundo fala p...":

Fonte: Terra
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