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Vôlei

Aos 45, Fofão diz que “ser técnica não é preferência número 1”

25 abr 2015 - 14h41
(atualizado às 14h41)
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Hélia Rogério de Souza Pinto, mais conhecida como Fofão, é tetracampeã da Superliga e, aos 45 anos de idade, vai encerrar sua carreira neste domingo, jogando a final desta que é a maior competição nacional pelo Rexona-Ades. A paulista que defende o Rio de Janeiro não pretende abandonar o vôlei após a decisão contra o Molico/Osasco, porém ser técnica não parece ser uma opção imediata.

"Não vou descartar de forma nenhuma as experiências que aparecerem. Lógico que eu tenho as preferências, mas ser técnica não é a preferência número 1", disse a levantadora à Gazeta Esportiva. "Eu tenho outras intenções dentro do vôlei e posso contribuir naquilo que eu sei fazer de melhor, que é levantar, mas acho que tenho que aproveitar todas as oportunidades que vierem porque servem como experiência", explicou a camisa 7, voltando a enfatizar que a rotina dentro de uma equipe não deve ser um plano futuro a ser seguido em sua vida.

"Eu não quero ser técnica porque é como eu digo, iria continuar vivendo a mesma vida que tinha como jogadora, então não sei se isso ia me atrair tanto. Talvez passando algum tempo depois que eu parar. Acho que é muito recente pra pensar nisso. Então, vou deixar a vida ir me mostrando", completou a medalhista de ouro em Pequim 2008.

Em meio a um turbilhão de emoções por disputar sua última partida como jogadora profissional, Fofão procura se concentrar para que nada a atrapalhe no duelo contra as paulistas do Osasco, mesmo sabendo da dificuldade em controlar a ansiedade.

"Estou muito focada no jogo, na final mesmo, muito concentrada. Eu estou tentando isolar qualquer tipo de pensamento sobre o que está acontecendo em volta pra que isso não interfira ou atrapalhe de alguma forma. Claro que sinto um pouco de ansiedade, mas acho que isso é uma coisa normal, não estou nervosa, mas tranquila, mais na expectativa de que comece o jogo e que a gente comece logo a jogar", revelou a oitava levantadora em eficiência, segundo as estatísticas da Superliga.

Questionada se teme aposentar-se com uma derrota em uma decisão de campeonato em pleno Rio de Janeiro, Hélia avisa que está prevenida quanto a isso e que não há razão para tristeza caso saia de quadra com a medalha de prata.

"Eu acho que numa final essa é uma coisa que pode acontecer (a derrota)", afirmou Fofão. "A gente vai enfrentar uma equipe difícil, forte e que vamos encontrar dificuldades pra vencer. Temos que estar preparadas para as duas coisas, lógico que ninguém se prepara pra perder. A gente trabalha, faz tudo o que tem de fazer pensando na vitória, mas o trabalho está sendo feito e se a vitória não vier, a gente não tem que ficar triste, claro que queremos sempre ganhar, só que o trabalho que a gente vem fazendo ao longo desses anos é pra nos deixar orgulhosas, então não tem que ficar frustrada", analisou a vice-campeã dos mundiais de 1994 e 2006.

A despedida de Fofão e a final da Superliga 2014/2015 estão marcadas para este domingo, às 10 horas (de Brasília), na Arena da Barra, no Rio de Janeiro. Por ter feito a melhor campanha da primeira fase, a equipe carioca conquistou o direito de ter o mando de jogo para a decisão em partida única.

Rio e Osasco farão a décima final entre eles nos últimos 11 anos, com vantagem para as cariocas, que venceram seis das nove decisões diante das paulistas. O time comandado por Bernardinho é dono de nove troféus da competição, quatro a mais que as adversárias deste domingo.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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