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Vôlei

Bernardinho espera osasquenses “mordidas” no “clássico da década”

25 abr 2015 - 14h41
(atualizado às 14h41)
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Hegemonia. Talvez seja essa a melhor palavra para descrever o que ocorre no voleibol feminino brasileiro. A final da Superliga neste domingo coloca Rio de Janeiro e Osasco frente a frente pela décima vez nos últimos 11 anos - a escrita só foi quebrada na última temporada, quando o Sesi-SP sucumbiu diante da equipe carioca. Deve ser por isso que o técnico do Rexona-Ades, Bernardo Rezende, o Bernardinho, chama o encontro de "o clássico da década".

Nessas nove decisões, as cariocas saíram vencedoras em seis oportunidades, sendo quatro delas consecutivas, de 2005 a 2009. A rivalidade ainda extrapola o plano nacional: os dois times decidiram duas vezes o Campeonato Sul-Americano, em 2009 e 2015. Na primeira ocasião, melhor para as paulistas, que conquistaram o primeiro dos quatro troféus continentais. Já na segunda, o Rexona deu o troco com uma vitória em pleno José Liberatti, em Osasco, levantando pela segunda vez a taça.

"É o clássico da década e, sem dúvida, elas virão mordidas. Perderam um Sul-Americano para a gente em casa e tiveram algumas críticas ao longo da competição", afirmou Bernardinho à Gazeta Esportiva, lembrando-se de momentos instáveis vividos pelo time osasquense durante a Superliga 2014/2015, como a ausência da levantadora Dani Lins - a quarta melhor em eficiência do torneio - em várias partidas por conta de uma lesão nas costas.

"Vale lembrar que o Osasco sofreu com problemas de contusões nessa temporada. Eles ficaram sem a Dani Lins, a levantadora titular da Seleção Brasileira, em alguns desses jogos em que foram derrotados. E isso afetou o desempenho do time. Mesmo com a qualidade da Diana, a levantadora reserva, o fato de não contar com a Dani afeta também o desempenho de outros valores de Osasco", analisou o treinador que, no comando do Rio de Janeiro, sagrou-se nove vezes campeão do maior torneio nacional de clubes.

Sabido do retrospecto favorável contra o Molico/Osasco, o técnico da Seleção masculina e do Rio de Janeiro fez questão de tirar o peso do favoritismo das costas de suas comandadas e ressaltou o crescimento do time paulista na reta final da competição, quando despachou o Pinheiros e o Sesi em apenas dois jogos nas respectivas séries de quartas e semifinais.

"Nas semifinais elas já mostraram uma evolução grande e chegam muito motivadas. O Sesi, por exemplo, venceu Osasco na Superliga, na Copa Brasil, e perdeu os dois jogos das semis. Temos um retrospecto positivo contra eles este ano, mas isso não representa nada", avaliou Bernardo.

Com apenas uma derrota em toda a Superliga, o Rio de Janeiro mescla a juventude de atletas como Gabi, Carol e Drussyla, com a experiência de jogadoras como Fabi, Fofão e Natália. Ao exemplo da equipe carioca, o Osasco conta com grandes nomes, alguns, inclusive, frequentemente presentes na Seleção Brasileira: Camila Brait, Dani Lins, Adenízia e Thaisa.

As cariocas vão atrás do decacampeonato, as paulistas correm em busca do sexto caneco. Segundo Bernardinho, tal hegemonia entre os dois clubes não é mera coincidência.

"Não existe trunfo nem segredo. Muita gente acredita que ao fato de o Rexona-Ades e Osasco terem disputado nove finais, dez com essa temporada, é prejudicial ao vôlei. E não é. Esses resultados são frutos de projetos sólidos, de investimentos que contribuíram muito para o vôlei feminino brasileiro, desenvolvendo atletas, revelando talentos", finalizou o técnico, de 55 anos de idade, campeão olímpico em Atenas 2004.

A finalíssima da Superliga 2014/2015, disputada em jogo único, está marcada para acontecer neste domingo, às 10 horas (de Brasília). O palco será a Arena da Barra, no Rio de Janeiro, uma vez que o regulamento previa o mando para o time de melhor campanha na primeira fase.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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