Brasil sofre, mas vence China e segue com chances de classificação
- Celso Paiva
- Direto de Londres
A Seleção Brasileira feminina de vôlei novamente sofreu. Na manhã desta sexta-feira, a equipe comandada por José Roberto Guimarães chegou a se aproximar de uma vitória tranquila no quarto set, mas acumulou erros e chegou ao triunfo somente no tiebreak. Solto na parcial final, o time fez 3 sets a 2, parciais de 25/16, 20/25, 25/18, 28/30 e 15/10, e se manteve na briga por uma das quatro vagas às quartas de final do Grupo B dos Jogos Olímpicos de Londres.
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O resultado positivo diante das chinesas, mesmo com a necessidade do quinto set, mantém a Seleção Brasileira precisa de uma vitória sobre a Sérvia na última rodada em no mínimo quatro parciais para não depender de uma combinação absurda de resultados. Neste caso, o time precisa torcer para a Turquia perder um jogo por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 - as turcas enfrentam ainda nesta sexta-feira a Coreia do Sul e no domingo os Estados Unidos.
Outra opção para a equipe de José Roberto Guimarães, caso o time europeu vença os dois jogos, é torcer para que a China perca o jogo para a Coreia do Sul na última rodada, por 3 sets a 1 ou 3 sets a 0, ou que as sul-coreanas sejam derrotadas nos dois jogos restantes, sendo uma por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1.
De acordo com Sheilla, um dos destaques no jogo desta sexta, a principal constatação dos resultados ruins e nível fraco (inclusive na vitória diante da Turquia) era que faltava mais comemoração dentro do grupo. Nesta sexta-feira, o espírito se mostrou diferente: as jogadoras vibraram muito mais em quadra e até as reservas comemoram cada ponto com pulos e cumprimentos. O clima diferente proporcionou o resultado positivo, mesmo depois da forte ameaça das chinesas com a vitória no quarto set.
Pressionada por conta da campanha totalmente abaixo do esperado após três rodadas, a Seleção Brasileira iniciou o confronto diante das chinesas apresentando um volume de jogo excepcional. Com bom aproveitamento no saque e no ataque, a equipe de José Roberto Guimarães rapidamente controlou o placar da partida, tirando o abatimento que atingiu o time depois do revés por 3 a 0 para a Coreia do Sul na última quarta-feira.
Solta e sorridente dentro de quadra, a equipe nacional não lembrou em nenhum momento o apático e traumatizado time que deixou o jogo diante das americanas e, especialmente, sul-coreanas de cabeça baixa. O ritmo forte imposto contra as chinesas resultou em um primeiro set tranquilo, sacramentando com um imponente placar de 25 a 16.
O jogo mais solto não apareceu no segundo set. A equipe de José Roberto Guimarães voltou a errar, especialmente no saque, e as chinesas aproveitaram. Com paciência e velocidade no ataque, a equipe asiática igualou o marcador. Vitória por 25 a 20 e o sentimento de dúvida em relação à atitude que seria demonstrada pelo time nacional.
Após um segundo set em que o saque brasileiro não entrou tão bem como no primeiro e a recepção mostrou algumas falhas, Zé Roberto decidiu modificar a equipe, tirando Paula Pequeno para colocar Fernanda Garay. A ponteira reserva entrou bem no ataque, mas principalmente melhorou a recepção da Seleção, que voltou a comandar o jogo. Resultado: vitória no terceiro set por 25 a 18.
O caminho para o tranquilo triunfo, entretanto, encerrou-se na quarta parcial do duelo. Depois de dominar praticamente todo o set, o Brasil voltou a errar e permitir o crescimento das chinesas. Por consequência, as asiáticas encostaram, empataram e...viraram. Placar de 30 a 28 e um novo cenário de drama para o time de José Roberto Guimarães.
O nervosismo pela igualdade das asiáticas não atingiu as atuais campeãs olímpicas. No set decisivo, a Seleção Brasileira dominou a partida e conseguiu uma vitória sofrida por 3 sets a 2, com o placar de 15 a 10 no tiebreak. Triunfo apertado, mas que mantém as comandadas de Zé Roberto na briga pelo bicampeonato dos Jogos Olímpicos.
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