Brasil supera "trauma", bate dominicanas e vai à final
- Emily Canto Nunes
- Direto de Guadalajara (México)
A Seleção Brasileira feminina de vôlei superou o trauma contra a República Dominicana nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Depois de sofrer contra as adversárias logo na estreia, quando Jaqueline acabou se chocando com a líbero Fabi e lesionando a coluna, que a tirou da competição, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães passou com tranquilidade pelas rivais por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/18 e 25/23, e assegurou a vaga para disputar a medalha de ouro da competição no México.
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A classificação à decisão permite à equipe conquistar o único título que falta para a atual geração. Campeãs olímpicas, do Grand Prix e de diversas competições, as atletas comandadas por José Roberto Guimarães falharam justamente no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007. E, em Guadalajara, o time terá a oportunidade de se vingar justamente do adversário que frustrou a festa na capital fluminense: Cuba.
Diante de um estádio quase lotado e de uma plateia repleta de brasileiros, inclusive de atletas como Daniel Paiola, bronze no badminton, o Brasil não deixou que a República Dominicana repetisse seus placares. Primeiro adversário brasileiro na competição, as dominicanas não trazem boas lembranças às brasileiras: além de um jogo duro na estreia nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, foi contra elas que o time perdeu Jaqueline, lesionada após um choque com Fabi.
O Brasil começou o primeiro set contra as dominicanas, treinadas pelo brasileiro Marcos Kwiek, com Mari, Scheilla, Fabi, Thaísa, Dani Lis, Paula e a líbero Fabi. A equipe se manteve à frente todo o tempo, mas com a República Dominicana sempre buscando o placar. Na beira da quadra, José Roberto Guimarães andavam de um lado para o outro, impaciente com os erros do time. Ainda assim, o Brasil conseguiu abrir vantagem no final do primeiro set e fechar 25/19.
O segundo set não foi menos difícil. O Brasil começou abrindo vantagem, mas logo as dominicanas começaram a buscar o placar, chegando quase a encostar com belas jogadas na número 14, Priscilla Rivera. Jogando no erro das adversárias e na recepção frágil, as brasileiras embalaram no final do segundo set e fecharam com 25/18.
A equipe nacional retornou desatenta à última parcial. Rapidamente, as dominicanas aceleraram o ritmo e abriram uma vantagem de seis pontos na primeira parada técnica (8 a 2). Tal queda irritou Zé Roberto, que procurou melhorar a equipe com as entradas de Fabíola e Tandara nas vagas de Sheilla e Dani Lins. As alterações deram certo, e as atuais campeãs olímpicas conseguiram a reação.
Nos momentos decisivos, a experiência maior do time brasileiro fez a diferença. Ignorando as seguidas provocações das dominicanas, as jogadoras da equipe verde-amarela fecharam o jogo justamente aproveitando um erro rival. Depois do saque de Fernanda Garay, a recepção voltou direto para Sheilla, que, com um ataque direto, finalizou em 25/23 o confronto.
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