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Vôlei

Depois de 10 anos, Unisul acaba com vôlei

11 mai 2009 - 15h15
(atualizado em 13/5/2009 às 22h16)
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Ainda recuperando-se da saída do Finasa, o vôlei brasileiro sofreu mais um baque nesta segunda-feira: em comunicado oficial, a Unisul anunciou a suspensão de seu projeto de vôlei masculino, que já durava dez anos e na última temporada contou com nomes como o técnico Giovane Gávio, o levantador Marcelinho e o oposto Anderson.

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De acordo com a Universidade, o motivo de medida tão drástica é a falta ou a redução do apoio dos patrocinadores, insatisfeitos com o tratamento dado pela Rede Globo na transmissão dos jogos da equipe. A emissora omite, por decisão interna, o nome completo do time, falando apenas a cidade.

Desta forma, a Unisul/Tigre/Joinville tornou-se apenas Joinville na TV. "A Unisul faz um apelo à Confederação Nacional de Vôlei no sentido de repensar as estratégias de marketing da Superliga, visando a favorecer as equipes em seus esforços de buscar apoio imprescindível à sua sobrevivência", afirma a Universidade, em nota oficial.

"Uma das sugestões é condicionar à emissora que transmite com exclusividade os jogos, a exigência de mencionar os nomes verdadeiros das equipes, considerando que a televisão não pode se omitir no seu papel de ajudar a fortalecer uma modalidade do esporte que cresceu e se fortaleceu graças à abnegação e destemor de seus atletas e dirigentes", continua o documento.

Por outro lado, a Unisul garantiu a continuação dos demais projetos, como a equipe de futsal Masculino (Tubarão), as 69 escolinhas de formação esportiva, as equipes profissionais de natação e judô e bolsas de estudos a mais de 100 atletas amadores e profissionais.

Na última Superliga masculina, a Unisul caiu nas quartas-de-final diante do Santander/São Bernardo. A equipe ficou com o título da edição 2003/2004 da Superliga masculina.

Confira o comunicado oficial na íntegra:

"A UNISUL informa que está suspendendo o projeto que iniciou, há 10 anos, quando trouxe uma equipe de voleibol masculino para Santa Catarina, colocando o estado em lugar de destaque no ranking nacional do esporte.

Entretanto, o projeto vai além da valorização do voleibol profissional, pois continuará na sua missão social de contribuir para a inserção de novas gerações carentes nessa modalidade de esporte, o que vem sendo realizado, com sucesso, em 30 cidades do Estado, onde são mantidos 5.200 alunos, na faixa etária de 10 a 17 anos.

Para não comprometer a sua principal missão, pautada no ensino, pesquisa e extensão, a Unisul sempre contou com o patrocínio de empresas privadas e dos governos estadual e de municípios.

Ultimamente, a Unisul, para manter uma equipe competitiva, aceitou reduzir o seu nome no uniforme dos atletas e até em placas publicitárias, e preferiu silenciar-se diante da decisão da emissora de televisão, exclusiva na retransmissão dos jogos, de omitir o seu nome na identificação da equipe. Além disso, de cinco jogos exibidos ao vivo em 2008, apenas um mereceu transmissão simultânea este ano na emissora aberta, o que contribuiu à desistência de patrocinadores, que não renovaram os seus contratos ou que propuseram a redução de valores para a nova temporada.

Este conjunto de fatos impeliu a Unisul a suspender o projeto da equipe de voleibol masculino para 2009/2010, sob pena de comprometer as atividades que justificam a sua existência.

A Unisul assegura a continuação dos demais projetos, que compreendem a equipe de Futsal, que participa da Liga nacional em nome da cidade de Tubarão; as 69 escolinhas de formação esportiva, localizadas em 30 cidades, reunindo 5.200 alunos entre 10 e 17 anos; as equipes profissionais de natação e judô; bolsas de estudos a mais de 100 atletas amadores e profissionais.

Da mesma forma, a Unisul orgulha-se de cumprir a sua missão, de investir cerca de 20% dos seus recursos orçamentários em serviços gratuitos à população, tanto na área da saúde, quanto na jurídica, esporte e outras. Somente em Tubarão, 30% da população é assistida gratuitamente, todos os meses, pela nossa Universidade.

Diante da decisão de suspender o projeto de voleibol, a Unisul agradece:

- à comunidade de Joinville, por ter sediado com carinho e vibração a equipe de voleibol Tigre/Unisul/Joinville nos últimos dois anos, bem como a todos os torcedores da equipe espalhados pelo estado catarinense, país e exterior;

- às empresas Tigre, Braskem, Asics, Agemed, CVC, A2C, bem como à Prefeitura Municipal de Joinville e ao Governo do Estado de Santa Catarina, pelo investimento realizado na última temporada e pelo apoio dos seus gestores e colaboradores. Da mesma forma, a UNISUL agradece a todas as empresas e organizações que apoiaram a equipe de voleibol durante os seus dez anos de atividades.

- à imprensa, pela cobertura e visibilidade sempre dada ao projeto;

- a todos os profissionais que participaram, dentro e fora das quadras, da equipe da Unisul, simbolizadas na pessoa de Giovane Gávio, um dos maiores ídolos do voleibol mundial, treinador e coordenador do projeto nas últimas três temporadas;

- à comunidade acadêmica da Unisul, composta por alunos, professores, coordenadores, colaboradores e gestores, que compreenderam a importância e apoiaram o patrocínio à equipe como instrumento de fortalecimento da imagem institucional.

Finalmente, a Unisul faz um apelo à Confederação Nacional de Vôlei no sentido de repensar as estratégias de marketing da Superliga, visando a favorecer as equipes em seus esforços de buscar apoio imprescindível à sua sobrevivência. Uma das sugestões é condicionar à emissora que transmite com exclusividade os jogos, a exigência de mencionar os nomes verdadeiros das equipes, considerando que a televisão não pode se omitir no seu papel de ajudar a fortalecer uma modalidade do esporte que cresceu e se fortaleceu graças à abnegação e destemor de seus atletas e dirigentes."

Fonte: Gazeta Press
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