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Vôlei

Ex-RJX, Lucão prevê debandada do time sem novos patrocinadores

13 dez 2013 - 09h11
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O meio de rede Lucão foi campeão da temporada passada da Superliga com o RJX, mas poucos dias após o título nacional acertou com o Sesi. Na equipe paulista, o central vê com pesar a retirada do patrocínio da OGX, de Eike Batista, ao time carioca e acredita que as principais estrelas do plantel devem deixar o clube para o vôlei internacional se novos apoiadores não aparecerem.

A saída do antigo patrocinador máster fez o time mudar de nome, hoje é apenas RJ, e também criou um rombo no orçamento. Os salários das estrelas do elenco, Bruninho, Leandro Vissotto, Thiago Alves, Mário Jr., Riad, Thiago Sens, e da comissão técnica estão atrasados. O central Maurício Souza recebeu uma proposta do vôlei turco e deixou o País, o que, segundo Lucão, pode se repetir com outros astros.

Os jogadores com salários atrasados não podem se transferir para outras equipes nacionais por já terem defendido o RJ na Superliga masculina. Por isso, o assédio deve vir do vôlei europeu. Bruninho chegou a receber uma proposta do Dínamo de Kazan, mas decidiu seguir no clube carioca.

"Se não chegar um patrocínio nos próximos meses, acho que não tem o que fazer. Ninguém vai ficar um ano sem receber quando tem um clube que pode te contratar. Não sei há quanto tempo eles estão sem receber, mas acho que quando completar três meses, que dá quebra de contrato, não conseguirão segurá-los por muito tempo se não houver nada de concreto", avaliou o jogador da Seleção Brasileira.

Parte do elenco do RJ tem seus salários pagos com dinheiro de outros apoiadores, mas a verba arrecada não é suficiente para arcar com o custo das estrelas. O clube ainda busca empresas que possam assumir o posto de patrocinador máster do atual campeão da Superliga.

Para Lucão, que alega ter recebido em dia durante a temporada em que defendeu a equipe carioca, o atraso nos salários é um reflexo da situação que vive o campeonato nacional. Pela primeira vez em 20 anos de competição, o torneio feminino tem mais times do que o masculino.

"Essa é realidade do vôlei brasileiro. A Seleção não demonstra o que é a Superliga. Hoje, se você pegar os times masculinos que disputam o campeonato, talvez existam apensa dois ou três de alto investimento. Tem gente com salário atrasado, jogando praticamente de favor. Então é algo muito complicado", afirmou Lucão.

Desde que o atraso nos salários foi revelado, o RJ entrou em quadra duas vezes pela Superliga masculina e perdeu em ambas, uma delas para o Sesi. O clube carioca é o segundo colocado da competição nacional com 24 pontos ganhos, três a menos do que o líder Sada Cruzeiro e um a mais do que o time de Lucão.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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