Há seis anos fora da Seleção, Henrique é presenteado com pré-lista
O técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, divulgou nesta terça-feira a pré-convocação para a Liga Mundial, que terá início no final de maio. Um dos destaques entre os 25 nomes é o meio de rede Henrique, do Vivo/Minas. Após quase seis anos de ausência, o jogador pôde comemorar seu 33º aniversário com uma grande notícia.
"Fico feliz por ter sido lembrado pelo Bernardo. Acredito que isso é nada mais do que o meu trabalho sendo reconhecido. Foi um presente muito bom", afirmou o 31º maior pontuador da Superliga Masculina 2011.
A última vez que o central vestiu a "amarelinha" foi em 2005, quando o Brasil conquistou a Liga Mundial. Um ano antes, porém, o jogador foi cortado três dias antes de iniciar os Jogos Olímpicos de Atenas 2004. Na ocasião, Bernardinho optou por levar André Heller e Gustavo.
A decepção de ter ficado fora do evento acabou sendo, em partes, compensada pela homenagem do grupo, que, na hora de receber a medalha de ouro no pódio, levou uma camisa com o nome do companheiro.
"Ficou a tristeza de não ter ido aos Jogos, pois tinha participado de toda a preparação. Mas não fica mágoa alguma. Me sinto tão campeão quanto os que foram para lá. Infelizmente um tinha de ficar de fora", expôs.
Perguntado sobre o sentimento do possível retorno (antes da competição, o técnico Bernardinho diminuirá a lista para 20), Henrique confidencia que estava esperando por isso fazia algum tempo.
"Foram seis anos longe. Em cada convocação eu criava expectativa, pois estava fazendo boas Ligas e não era chamado. Posso dizer que estou muito feliz", explicitou.
Experiente, o atleta se consolidou, sobretudo na temporada 2010/2011, como um dos pilares da equipe mineira - que terminou a primeira fase na quinta colocação e, atualmente, está nas semifinais da Superliga Masculina. Nas quartas, a equipe despachou o rival estadual Montes Claros. Para Henrique, fazendo jus às origens, o Minas comeu pelas beiradas e surpreendeu muita gente.
"Eu lembro que no almoço de apresentação da Superliga, muitos falavam do Sesi, do Vôlei Futuro, do Pinheiros, do Cruzeiro e nada se ouvia do Minas. Desde então, ficou o sentimento de provar a todos nosso potencial. O time foi sendo lapidado, crescendo juntos. Não fizemos um bom primeiro turno e nós sabíamos que poderíamos fazer melhor. Quando passamos acreditar, fizemos uma campanha maravilhosa no segundo turno e estamos aí brigando pela final", analisou.
Acerca da possibilidade de apagar de vez a frustração de Atenas 2004, o central "bloqueia" (Henrique é o maior bloqueador da história da Superliga, com mais de 500 pontos com o fundamento) qualquer tipo de expectativas e mira um objetivo por vez. O primeiro é a partida de sexta-feira, contra o Sesi-SP, a qual dará vaga à decisão do Nacional. A série melhor de três está empatada em 1 a 1 e o terceiro duelo será em São Paulo.
"Meu primeiro objetivo é o jogo de sexta-feira. Sou pé no chão neste sentido. Meu foco é sempre a próxima partida. Tudo que vier pela frente será reconhecimento do meu trabalho. O meu futuro dependerá muito do meu presente. E meu foco no momento é a fase decisiva da Superliga", filosofou.