José Roberto Guimarães planeja Seleção feminina para 2024

Marcus Vinicius Pinto

4 mai 2015 - 13h48

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A Seleção Brasileira feminina de vôlei começa seu ciclo olímpico de 2016 pensando em 2024. O técnico José Roberto Guimarães convocou nesta segunda-feira 33 jogadoras para disputa do Grand Prix, Jogos Pan-Americanos e amistosos de olho na passagem rápida do tempo. Por esse motivo, o treinador chamou jogadores jovens como Ellen, do Pinheiros e Gabi, do Rio de Janeiro, promessas para o futuro da equipe nacional.

”Para se formar uma geração que possa competir bem e que seja vencedora temos um trabalho de oito a 12 anos”, afirmou. José Roberto lembrou que estava preparando a geração campeã olímpica de 92 para vencer em 96. “Eram jogadores jovens mas talentosos, e que realizaram um grande feito. A gente procura jogadoras talentosas que possa encaixar nesse tempo de proposta de trabalho. Foi algo que fez a China em 2004, a Rússia, Cuba tricampeã olímpica. Um trabalho de anos. E a mesma coisa estamos tentando fazer já pensando em 2024”, explicou.

José Roberto Guimarães planeja Brasil a longo prazo
Foto: Bruno Santos / Terra

Para o ano de 2015 o Brasil tem desafios como a medalha de ouro no Pan de Toronto e vencer o Grand Prix. Mas o foco é mesmo Rio em 2016. “Faltam 459 dias. Estou muito apreensivo com esse tempo, que considero curto. Vejo uma Superliga pela frente e vamos ter um acompanhamento maior das jogadoras quando elas estiverem nos clubes, porque a prioridade são os Jogos Olímpicos”, projetou o treinador.

A grande novidade da lista é Sassá, que vem como líbero e não como oposto. “Sempre foi muito de grupo, foi decisiva em todos os campeonatos e sempre apresentou qualidade no passe e volume do jogo. Que ela seja feliz em sua nova posição”, declarou, sem esconder que Fabi sempre foi sua primeira opção. A jogadora decidiu se aposentar da Seleção aos 35 anos.

“Queríamos contar com a Fabi, que é uma jogadora pronta por tudo o que ela construiu no vôlei. No caso da Sassá, a gente diz que a Seleção está aberta a todas as jogadoras. Ela vai ser avaliada, como todas as outras, mas sabemos que ela tem condições. Ela tem personalidade e, mais importante, se sente feliz na Seleção”, disse o técnico.

Diferente do time masculino, onde Bernardinho vai ficar com o time da Liga Mundial e mandar seu auxiliar, Rubinho, para o Pan de Toronto com jogadores jovens, no feminino é José Guimarães quem vai ao Canadá e deve levar a experiência de Jaqueline e Fernanda Garay. “A prioridade é para que todas joguem, dentro do possível, e vendo jogadoras mais jovens em torneio. Não dá para dizer quem vai para onde agora. A ideia seria mandar algumas mais experientes para o Pan até para “poupar” da viagem extensa na Ásia”, disse.

Técnico lamentou aposentadoria de Fabi
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O calendário do Brasil começa na última semana de junho, quando o time viaja para a primeira etapa do Grand Prix, que começa no próximo dia 3 na Tailândia. Depois joga em São Paulo e se divide: parte segue para a Itália, para jogar o Grand Prix e depois a fase final em Omaha, nos Estados Unidos, e parte vai ao Pan de Toronto. Como o time está fora da Copa do Mundo, faz um amistoso internacional no Maracanãzinho no fim de agosto contra Bulgária, Alemanha e Holanda.

“Queríamos jogar a Copa do Mundo. Mas foi até bom, porque como o torneio classifica para os Jogos Olímpicos, poderíamos influenciar em alguma classificação e isso não seria muito bom”, comentou José Roberto. Em setembro mais treinos e jogos amistosos com Holanda na Holanda e no fim do mês Sul-Americano em Cartagena na Colômbia.

Fabiana e Sheila não estão na lista. Elas vão ser poupadas dos torneios deste ano e devem jogar apenas o torneio internacional do Rio de Janeiro em agosto.