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Vôlei

Mari diz que "se der a louca" joga Rio 2016 pela Alemanha

2 nov 2014 - 08h41
(atualizado às 14h56)
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Uma das maiores jogadoras de vôlei da história da Seleção Brasileira, a campeã olímpica de 2008 Mari Steinbrecher pode “virar a casaca” para ter chances de disputar os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Sem ser convocada para o time verde e amarelo desde 2012, quando se desentendeu com o técnico José Roberto Guimarães, a ponteira de 31 anos cogita defender a seleção da Alemanha daqui a dois anos, caso as europeias garantam vaga para o torneio - a decisão da brasileira deve ser tomada após a Superliga Feminina, no ano que vem.

Foto: Cameron Spencer / Getty Images

Em entrevista à edição deste domingo do jornal O Globo, a atleta revelou que tem cidadania alemã e que recebeu uma proposta das estrangeiras para jogar a Olimpíada do Rio – caso a Alemanha se classifique. E ela não descarta fazer isto. “Não quis fazer o ciclo inteiro, mas a negociação para o ano olímpico está aberta. Se a Alemanha se classificar para o Rio e se me der a louca, vou defender a Alemanha”, afirmou, à publicação.

Como a própria Mari disse, as conversas dela com a federação alemã não são inéditas. Há pelo menos um ano, as europeias tentam convencê-la a aceitar o desafio de defender as cores da Alemanha. Ela não é convocada pela Seleção Brasileira desde o Grand Prix de 2012 e, enquanto José Roberto Guimarães permanecer no comando técnico nacional, dificilmente será novamente chamada. Os dois tiveram a relação desgastada às vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando o comandante cortou a jogadora da delegação verde e amarela sem muitas explicações.

“Eu não quero ir mais (para a Seleção Brasileira) e o Zé Roberto não me quer mais”, contou a ponteira, atualmente no Osasco. “Está tudo certo, 0 a 0. Estou bem resolvida com isso. Não tenho mais objetivos com a Seleção... Olímpiada no Rio? Posso ir com a Alemanha”, acrescentou Mari, novamente deixando em aberto a possibilidade de tomar uma decisão que pode causar muita polêmica.

Ela entretanto, não se preocupa com isto. Amiga pessoal do técnico da seleção alemã, o italiano Giovanni Guidetti, Mari não vê problemas estruturais e nem de agenda para jogar pela equipe europeia. O que a faz refletir, de acordo com suas próprias palavras, é o sentimento. “Não tenho vínculo com a Alemanha, fora o sangue (ela tem ascendência alemã). Nunca morei lá, não domino a língua. Não tenho amor à pátria, como tenho pelo Brasil. Só aceitaria porque pode ser a minha última Olímpiada. Eu quero disputar três”, revelou, antes de decretar: “não seria para ganhar, pois a Alemanha não tem condições. Seria para disputar de novo, o que seria algo inédito”.

Fonte: Terra
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