Medalhões se adaptam à Seleção de vôlei de praia e confessam maturidade
A criação da Seleção Brasileira de vôlei de praia no final do ano passado centralizou a preparação dos principais atletas do País e deu à CBV a liberdade para alterar, para torneios internacionais, duplas que atuavam juntas havia um longo período. Essa atitude gerou desconfiança e alguns atritos – Juliana, medalhista de bronze em 2012 ao lado de Larissa, fez duras críticas à entidade, por exemplo. Mas agora, mais de um semestre depois da grande mudança no cenário verde-amarelo, a decisão parece ser bem vista pelos atletas.
Um dia antes da estreia da temporada 2013/2014 do Circuito Banco do Brasil de vôlei de praia, alguns dos principais jogadores do País destacaram a evolução que tiveram com a Seleção Brasileira – especialmente em quesitos que vão além da técnica.
Alison, vice-campeão olímpico em Londres ao lado de Emanuel, é um exemplo disso – ele disputou as últimas etapas do Circuito Mundial ao lado de Vitor Felipe, enquanto o veterano compôs dupla com Evandro. Para o Brasileiro, Alison e Emanuel retomam a parceria na primeira etapa da competição, a partir desta sexta-feira, no Recife.
“Foi uma experiência totalmente nova para mim, pois já estávamos totalmente encaixados. Só de olhar para o Emanuel eu já sabia se ele estava bem ou mal. Mas a Seleção nos deu um gás, mais motivação e nos ensinou a dar mais valor para o que conseguimos”, reconheceu.
Uma parceria que deu bastante certo – após alguns tropeços no início da temporada – é a de Taiana e Talita, que já lideram o Circuito Mundial 2013. A primeira era dupla de Vivian, enquanto a segunda disputou o último ciclo olímpico com Maria Elisa.
“O início de uma nova parceria te dá muita motivação, mas a Taiana e eu tivemos que aprender muita coisa. Você precisa mudar e se redescobrir para então descobrir como ajudar a tua dupla. É todo um trabalho até você entender como a outra pessoa funciona. Mas tivemos um crescimento muito grande e agora estamos mais próximas”, reconheceu Talita.
Emanuel, 40 anos e às vésperas de disputar o Circuito Banco do Brasil pela 23ª vez (ele jogou em todas as edições do campeonato), também encara de maneira bastante positiva a criação da Seleção Brasileira.
“Acredito muito nessa filosofia. Se o atleta melhora individualmente, também melhora o jogo da dupla. E depende apenas do jogador a convocação para os torneios internacionais. Entendo que foi uma mudança drástica, mas é essencial para que o País tenha bons resultados na Olimpíada de 2016. E também para a de 2020”, projetou.
O Circuito Banco do Brasil de vôlei de praia tem início nesta sexta-feira no Recife, Pernambuco. A competição ainda terá mais oito etapas espalhadas pelo território nacional até a metade de 2014: Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Guarujá (SP), Balneário Camboriú (SC), São Luís (MA), Natal (RN), João Pessoa (PB), Maceió (AL). Por fim será realizado o Super Praia em Salvador, na Bahia, reunindo as melhores duplas, masculinas e femininas.
O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Vôlei