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Vôlei

Minas repudia racismo e se solidariza com central Fabiana

28 jan 2015 - 15h51
(atualizado às 18h41)
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O Minas Tênis Clube, equipe pela qual torce o homem que chamou a central Fabiana de macaca em partida pela Superliga Feminina de Vôlei, nesta terça-feira, emitiu nota se solidarizando com a capitã da Seleção Brasileira. O clube mineiro disse repudiar o ato do torcedor e garantiu ter tomado todas as medidas cabíveis para puni-lo.

“O Minas é absolutamente avesso a quaisquer manifestações discriminatórias, contrárias aos princípios e valores praticados pelo clube. Todas as medidas cabíveis foram imediatamente tomadas pela segurança do Minas, que retirou o agressor do ginásio e acionou a Polícia Militar. Atitudes racistas como esta são frutos de atitudes isoladas e não representam o respeito que a torcida minastenista sempre demonstrou para com equipes visitantes”, diz o comunicado.

<p>Capitã da Seleção Brasileira foi chamada de macaca em partida pela Superliga</p>
Capitã da Seleção Brasileira foi chamada de macaca em partida pela Superliga
Foto: Elsa / Getty Images

Capitã da Seleção Brasileira de vôlei e jogadora do Sesi-SP, a central Fabiana foi alvo de insultos racistas na última terça-feira, durante partida contra o Camponesa/Minas pela Superliga Feminina. De acordo com a atleta, um homem na torcida "disparou uma metralhadora de insultos" e a chamou de "macaca" por várias vezes, tendo sido retirado do ginásio e encaminhado à delegacia em Belo Horizonte.

Em publicação nas redes sociais, Fabiana disse que foi especialmente atingida pelo episódio por ser nativa da capital mineira, e também por sua família estar presente ao ginásio. A jogadora afirmou que pensou em não comentar o ocorrido, mas que falar sobre o racismo "ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos". Em quadra, a partida terminou com vitória do Minas por 3 sets a 1.

Confira, na íntegra, a nota divulgada pelo Minas Tênis Clube:

"O Minas Tênis Clube lamenta e repudia o ato de racismo ocorrido nessa terça-feira, durante a partida contra o Sesi-SP, pela Superliga Feminina de Vôlei. O Minas é absolutamente avesso a quaisquer manifestações discriminatórias, contrárias aos princípios e valores praticados pelo Clube.

Todas as medidas cabíveis foram imediatamente tomadas pela segurança do Minas, que retirou o agressor do ginásio e acionou a Polícia Militar.

O Minas se solidariza com a atleta Fabiana, formada nas categorias de base do Clube. Atitudes racistas como esta são frutos de atitudes isoladas e não representam o respeito que a torcida minastenista sempre demonstrou para com equipes visitantes."

Por meio de nota oficial assinada pelo presidente Paulo Skaf, o Sesi também repudiou o incidente:

"São inadmissíveis atos de racismo como o que ocorreu com a nossa atleta Fabiana Claudino, durante o jogo entre o Sesi-SP e a Camponesa/Minas na noite da última terça-feira, em Belo Horizonte.

É com indignação que, em nome da indústria, lamentamos esse vergonhoso fato. Numa sociedade democrática e igualitária, é preciso ser intolerante com esses episódios e repudiar qualquer tipo de preconceito.

Como cidadão e presidente do Sesi-SP, sinto-me ofendido e estarrecido com esse tipo de comportamento em pleno século 21. 

Lamento o fato e reitero o orgulho de termos em nossa equipe uma atleta como Fabiana, que representa com talento e maestria as cores da nossa instituição e as cores do Brasil.

O episódio precisa ser investigado pelas autoridades competentes e sua punição levada às últimas consequências. O racismo é um crime que deve ser punido e combatido por todos os cidadãos brasileiros."

Fonte: Terra
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