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Vôlei

Presidente da CBV ironiza crítica de chinês à tri do Brasil no vôlei

11 nov 2010 - 12h02
(atualizado às 15h31)
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Celso Paiva
Direto de Tóquio

Em entrevista ao Terra e a outro veículo de comunicação brasileiro nesta semana, o presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), o chinês Jizhong Wei, disse que considerava a hegemonia da Seleção Brasileira no vôlei masculino ruim para o esporte. Nesta quinta-feira, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, repercutiu a declaração de Wei.

Primeiro, Ary usou de uma pequena ironia para falar sobre o assunto. "Não é bom para ele, para mim é ótimo". Depois, explicou o motivo da declaração do chefão da FIVB, comparando a situação do vôlei masculino com o que aconteceu no vôlei de praia no começo da década.

"Comercialmente falando ele tem razão. É que nem na praia. Há mais de 15 anos que você tem Brasil contra Brasil nas finais. Os promotores ficam desesperados. As televisões ficam desesperadas. Aí ficam criando regra para impedir que mais brasileiros venham jogar".

O presidente da CBV também disse que apesar da declaração dada, Wei não tem feito nada para impedir que a Seleção Brasileira vença, tanto no masculino como no feminino. De acordo com Ary Graça, o polêmico regulamento do Mundial Masculino, realizado na Itália no mês passado, foi uma exceção.

"Apesar disso tudo, eles não estão fazendo nada contra gente. Fizeram aquele regulamento rídiculo na Itália, absurdo. Mas o regulamento do feminino, aqui, apesar de ser altamente desgastante é uma coisa mais correta. O Brasil se portou muito bem nisso tudo".

Para Ary Graça, o segredo do sucesso do vôlei brasileiro se deve à organização em todas as categorias. "O problema de gestão, de estrutura é fundamental (ser cuidado). Tem times maravilhosos como a República Checa, um timaço. Fez um jogo duro com a gente, ganhou da Itália e depois se acabou", disse.

"Nessas horas que o Brasil dá esse show que você vê no mundo todo, porque você tem uma estrutura que entra um, sai outro. Pode mudar o que quiser. O exemplo é que viemos para cá sem a Paula (Pequeno) e a Mari...Desde pequeno os garotos (que treinam em Saquarema) tem um massacre de disciplina, de responsabilidade que a gente faz na criança, que quando ele chega aos 25 anos é um jogador que você nem precisa se preocupar. Nos outros países não, é uma esculhambação".

"Não é bom para ele, para mim é ótimo", diz Ary Graça sobre críticas de Jizhong Wei
"Não é bom para ele, para mim é ótimo", diz Ary Graça sobre críticas de Jizhong Wei
Foto: Celso Paiva / Terra
Fonte: Terra
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