"Chefão" do vôlei é contra estrangeiros na Superliga: "só nós basta"
- Celso Paiva
- Direto de Tóquio
Acompanhando de perto o desempenho da Seleção Brasileira no Mundial Feminino de Vôlei, no Japão, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, encontrou espaço durante visita às jogadoras para falar da Superliga.
Questionado sobre a presença cada vez maior de estrangeiros dentro do torneio, Ary deu uma resposta polêmica. O presidente disse que não é a favor de um campeonato com vários jogadores de outros países e que somente os brasileiros "se bastam".
"Eu não me vanglorio disso. Eu tenho até uma certa restrição de trazer jogadores de fora. Nenhum campeonato no mundo tem 184 campeões mundiais, de todas as categorias. Eu jogo embaixo (nas divisões de base), eu não preciso trazer estrangeiro".
Ary Graça cita outro ponto negativo da presença de jogadores de outros países dentro do torneio nacional: dar armas para seleções adversárias se reforçarem. Ele cita a decadência da Itália nos últimos anos por conta disso. "Primeiro, estou tirando a vaga e o dinheiro da brasileira. Segundo, eu estou dando treinamento para elas (estrangeiras), porque vai jogar contra as melhores do mundo".
"Eu não deixo isso acontecer na praia (no vôlei de praia). Não vou cometer o mesmo erro que a Itália cometeu, cadê a Itália? Cadê os juvenis da Itália? O time é muito ruim, é fraco. Por ideologia sou contra, mas não posso deixar (de permitir os clubes) trazerem duas, mas vou limitar em duas".
Com a presença de quase todos campeões mundiais no masculino e praticamente o time inteiro feminino disputando a Superliga, Ary Graça afirmou que somente com os brasileiros o torneio já se torna fortíssimo. "Não preciso de jogadoras estrangeiras para abrilhantar. Nós já somos as estrelas. Somos tricampeões do mundo (no masculino), vamos ser campeões do mundo (no feminino). Para que eu preciso dos outros? Preciso para nada".
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