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Vôlei

Zé Roberto diz que Seleção feminina ainda está abaixo da masculina

12 nov 2010 - 13h07
(atualizado às 14h07)
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Celso Paiva
Direto de Tóquio

Medalha de ouro olímpica. Sempre entre as primeiras colocadas nos principais torneios. Com uma campanha de nove vitórias em nove jogos no Mundial. Apesar deste belo currículo nos últimos, o técnico José Roberto Guimarães acredita que a Seleção Feminina de Vôlei ainda não chegou ao nível da masculina.

Em entrevista ao Terra, o treinador afirmou que o feito alcançado pelos comandados de Bernardinho na última década é incrível e que as conquistas dos homens vem servindo ao longo do tempo como exemplo para as mulheres.

"O masculino está à frente do feminino. O masculino é parâmetro para o vôlei feminino. Eles mantiveram hegemonia por uma década. Apesar de compararem, isso nem a Itália conseguiu. Nos anos 90, ela ganhou três mundiais, mas não uma Olimpíada. O masculino do Brasil ganhou Olimpíada, três Mundiais, fora Ligas Mundiais, Copas do Mundo...É um espelho grande para o feminino. (A gente) não chegou ao nível, ainda tem um bom caminho para isso acontecer".

O treinador comentou ainda sobre o declínio do voleibol italiano, comprovado durante as disputas dos dois mundiais. No masculino, em um regulamento criticado por dar margem a favorecimento aos italianos, a Azurra terminou em quarto, com duas derrotas até fáceis na semifinal para o Brasil e na disputa de terceiro lugar, contra a Sérvia. Já no feminino, Piccinini e companhia não conseguiram nem chegar à semifinal.

"Lógico que a maioria esperava Itália entre os quatro (no feminino), mas lembro que nossa conversa era que da forma que os grupos da segunda fase estavam organizados, um dos finalistas do Grand Prix ficariam fora. Graças a Deus foi a Itália. Ela teve várias dificuldades, mas o grande vacilo foi perder da República Checa. Perder dos Estados Unidos ou do Brasil faz parte, mas para a República Checa foi surpresa muito grande. A Itália acabou não se apresentando tão bem no Mundial, o que era a expectativa de todos, mas pra nós foi bom, é importante que nos passamos".

Zé Roberto acredita que a Federação Italiana terá de fazer uma grande revolução para que suas seleções voltem a brilhar no cenário mundial, como na década passada.

"Tive conversando com gente da Itália e eles falava que uma mudança deve ocorrer. Estão preocupados com o masculino e o feminino. Vão precisar mudar alguma coisa no campeonato, talvez (diminuir) o número de estrangeiros, isso tem que pensar. Mas ano que vem acho que a Itália vai se apresentar diferente. Vive um ano de 2010 difícil, mas não vejo uma situação tão negra. No futuro vai fazer bom trabalho e vai complicar muita gente nos Jogos Olimpicos de Londres".

Zé Roberto analisa adversário do Brasil no Mundial:
Fonte: Terra
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