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Vôlei

Com revanche no ar, Brasil pega carrascas russas para quebrar jejum

13 nov 2010 - 22h11
(atualizado às 22h45)
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Celso Paiva
Direto de Tóquio

O filme se repete. Quatro anos depois da derrota para a Rússia na final do Mundial Feminino de Vôlei, coube ao destino e a competência das duas equipes colocar a Seleção Brasileira novamente diante das europeias na decisão da competição, neste domingo, a partir das 8h30 (horário de Brasília), em Tóquio.

"Depois de quatro anos, temos uma nova chance. Agora, temos que ganhar. Será um jogo muito difícil", afirmou o técnico José Roberto Guimarães, depois da suada vitória sobre o Japão na semifinal. As declarações do treinador deixam claro que o clima de revanche está no ar e que a Seleção não pensa em desperdiçar uma segunda oportunidade de quebrar o jejum de nunca ter ganho um título mundial.

Nessa "nova chance" ressaltada por Zé Roberto, o Brasil entra com novas caras, como a ponteira Natália e a levantadora Fabíola, e em um momento bem diferente do que foi visto na última edição do torneio. Em 2006, a Seleção ainda tinha o trauma da derrota de virada para as próprias russas quando vencia o quarto set por 24 a 19 e desperdiçou sete match points. Aquele revés, somado a perda do título mundial fez o time verde e amarelo receber o rótulo de "amarelão".

Apelido este que foi quebrado com o título olímpico de 2008, no qual a Seleção exterminou inclusive a própria Russa com um 3 sets a 0, na primeira fase. A virada heroica contra as japonesas, ontem, mostra que o time amadureceu e aprendeu como sair de adversidades.

"É completamente diferente (da final de 2006). Aquilo ali já passou, é passado. Agora estou vivendo um momento novo. O time é todo novo. Temos felicidade e alegria dentro deste grupo para colocar dentro de quadra", afirmou a meio de rede Fabiana, uma das remanescentes entre as titulares da derrota de 2006, ao lado da líbero Fabi, da oposto Sheilla e da ponteira Jaqueline.

Reencontro com gigantes

Se o Brasil tem um novo rosto, como Fabiana disse, o mesmo não se pode dizer do time russo. Passados os anos, as europeias ainda baseiam seu jogo em cima da gigante Gamova, de 2,02m, e da experiente e habilidosa Sokolova.

A primeira está entre as maiores pontuadoras do torneio e é a bola de desafogo das russas para os momentos difíceis. "A Gamova explora o bloqueio, ela não encontra dificuldade nem na rede nem no fundo. E não é uma alta lenta. É uma jogadora difícil de ser parada mas nós vamos tentar conseguir isso", disse o técnico Zé Roberto.

Já a segunda vem dando segurança para a equipe tanto no setor defensivo como na frente. Na semifinal contra os Estados Unidos, as duas juntas marcaram 40 pontos na partida. "A Sokolova vem me chamando muito a atenção, porque ela está muito melhor que no passado. Ela está conseguindo passar e atacar. Não sei como está aguentando esse ritmo de campeonato fazendo essa função. Ela está muito sobrecarregada. Está segurando o time da Rússia no passe", completou a análise o comandante brasileiro.

O Brasil chega invicto à fase final: em 10 jogos, o time de José Roberto Guimarães venceu todos
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Foto: AFP
Fonte: Terra
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