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Vôlei

Após vice, Seleção reclama de erro de coreano em tie-break

14 nov 2010 - 16h36
(atualizado às 18h25)
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Celso Paiva
Direto de Tóquio

Fim de jogo, derrota para a Rússia por 3 sets a 2 e adeus ao título mundial inédito no Japão. Mesmo abalados com a perda, os membros da comissão técnica brasileira se mostravam irritados e indignados com o árbitro coreano Kun-Tae Kim.

O lance da indignação aconteceu no tie-break, quando a Seleção vencia por 7 a 6. A oposto Sheilla atacou bola no fundo da quadra, o juiz de linha deu dentro e Tae Kim reverteu a marcação, anotando bola fora. Após a partida, os brasileiros foram olhar a gravação que fazem do jogo. Reunidos, todos chegaram à conclusão de que a bola foi mesmo dentro.

Chateados, eles lembraram que o coreano era o mesmo árbitro da semifinal dos Jogos Olímpicos de 2004 e da final do Mundial de 2006, ambas vencidas em cinco sets pelas russas sobre as brasileiras. Depois da premiação, o técnico José Roberto Guimarães teve um longa conversa com membros da comissão de arbitragem da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

"Eu fui conversar com o chefe da arbitragem que eu já tinha dito para não botar o árbitro coreano para apitar o jogo, porque tem história. A bola do nosso oitavo ponto que o bandeira deu que foi dentro, ele inverteu. Eles acharam o juiz adequado para apitar o jogo. Tantos outros que ele poderiam ter colocado. Poderiam prestigiar o árbitro japonês, já que o país fez uma festa tão bonita".

O treinador disse que é difícil de mensurar o quanto aquele ponto foi prejudicial para a sequência do Brasil no quinto set. "É difícil porque eu como não tinha o ângulo de visão não vi a bola. Depois, a Fabizinha (líbero) veio dizer que a bola foi dentro. O pessoal da Federação Internacional falou que foi dentro, o que é mais grave. Em um tie-break que um ponto custa bastante, é dificil precisar o que pode ter alterado. Mas não acho que foi isso que alterou a relação da partida. Tudo que a gente disser ou chorar, o choro é livre. A Rússia já ficou com o título".

As jogadoras da Seleção mostraram um discurso afinado com o seu comandante, destacando que um ponto sempre conta muito no tie-break, mas que não dá para dizer que a bola de Sheilla foi a decisiva para o título verde e amarelo. "No tie-break todo ponto que acontece assim, prejudica. Ali encostou no placar, elas vieram em uma sequência no contra-ataque depois. Fez falta, mas não sei se foi isso a diferença. A gente lutou o tempo inteiro, mas não conseguiu segurar a Gamova", disse a levantadora Fabíola.

"A bola da Sheilla foi dentro. Mas jogo de vôlei é isso, a gente sabe que pode acontecer. Infelizmente aconteceu no pior momento, (a Rússia) encostou no placar, enfim", concluiu a capitã Fabiana.

Brasil perdeu a final do Mundial para a Rússia neste domingo
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Foto: FIVB / Divulgação
Fonte: Terra
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