Confira quem sai em alta e quem sai em baixa na Seleção de vôlei
- Celso Paiva
- Direto de Tóquio
A Seleção Brasileira mais uma vez acabou com o vice-campeonato no Mundial Feminino de Vôlei, caindo novamente diante da Rússia, neste domingo, no Japão, por 3 sets a 2. Com uma campanha irretocável até a final, com 10 vitórias em 10 jogos, a equipe verde e amarela se viu dominada no quarto e quinto set pelas rivais europeias.
Durante duas semanas de competição, o Terra acompanhou de perto todas as partidas e treinos da equipe comandada por José Roberto Guimarães e traça agora um perfil de quem sai em alta, quem ficou na média e quem sai em baixa após o segundo lugar no torneio:
Em alta:
Sheilla (oposto)
Mais uma vez chamou a responsabilidade para si na fase decisiva. A oposto, melhor jogadora brasileira na atualidade, terminou o torneio como a maior pontuadora da Seleção, com 180 pontos, e foi uma das melhores atacantes da competição. Foi a melhor opção de ataque nos momentos de dificuldade passados pela levantadora Fabíola. Ainda não se vê no Brasil uma substituta nem de perto para a camisa 13.
Fabiana (meio de rede)
A capitã da Seleção foi um ponto de equilíbrio por muitas vezes dentro do Mundial Feminino de Vôlei. Com um desempenho espetacular no torneio, liderava até a semifinal o fundamento de bloqueio, mas viu o título individual escapar para a alemã Furs. Ainda com apenas 25 anos, a jogadora dificilmente perde a posição de titular pelos próximos anos na Seleção. É o exemplo de liderança para o grupo de José Roberto Guimarães.
Natália (ponteira)
Mais jovem entre as titulares, Natália fez um excelente primeiro Mundial. Segunda maior pontuadora do Brasil, a jogadora pecou um pouco na semifinal e final, quando se viu presa no sistema defensivo adversário e não conseguiu virar as bolas. A derrota no torneio será importante para o amadurecimento da atleta, grande esperança para o futuro do vôlei feminino brasileiro.
Na média:
Jaqueline (ponteira)
Apesar de uma atuação abaixo da média na semifinal diante das japonesas, a ponteira se mostrou muito regular ao longo da competição. Com um bom passe e efetiva no ataque quando acionada, saiu bastante frustrada do Mundial, sendo uma das que mais chorou a derrota para a Rússia. Com a volta de Mari e Paula Pequeno, ainda não se sabe se será mantida como titular.
Thaisa (meio de rede)
Outra central do Brasil, a jogadora teve uma queda de rendimento na fase final da competição. Contra as japonesas sofreu para parar o ataque asiático e contra a Rússia, de quem dela se esperava uma participação efetiva por ser a mais alta do grupo, fez apenas dois pontos de bloqueio. Ainda é titular absoluta e dificilmente perderá seu lugar até os Jogos Olímpicos de Londres.
Em baixa:
Fabíola e Dani Lins (levantadoras)
A dupla de levantadoras da Seleção Brasileira ainda não mostrou a segurança necessária que se tenta encontrar desde a saída de Fofão. Dani Lins teve um desempenho bastante irregular nas primeiras partidas e nunca mais conseguiu voltar ao time. Já Fabíola teve um desempenho excelente até a chegada na semifinal diante do Japão, quando pecou muito nos dois primeiros sets. Na decisão, também não conseguiu variar muito bem a bola, repetindo jogadas por diversas vezes, o que facilitava a formação do bloqueio russo. O aprendizado no Mundial deve ser importante, principalmente para Fabíola, que precisa corrigir algumas falhas para finalmente brilhar.
Fabi (líbero)
Apesar de ter um desempenho regular ao longo da competição, tendo atuações importantes e outras nem tanto assim, a experiente jogadora começa a ver seu ciclo na Seleção mais próximo do fim. Com 30 anos, Fabi tem como sua sombra a novata Camila Brait, primeira jogadora a ameaçar de verdade o posto da camisa 14. Fabi deve estar em Londres, mas ainda não se sabe se como titular ou reserva.
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