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Vôlei

"Torcedora", Fofão aprova amiga Fabíola como sucessora na Seleção

15 nov 2010 - 11h09
(atualizado às 13h49)
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"Fico imaginando o que eu faria", disse Fofão sobre as partidas do Brasil no Mundial Feminino de Vôlei. No entanto, a "Fofão torcedora" acaba tomando conta da ex-levantadora da Seleção Brasileira no incentivo a suas amigas que ainda defendem o País.

Durante a final contra a Rússia, ela admite que mal conseguiu acompanhar o quarto set. Na semifinal contra o Japão, na qual o Brasil precisou virar um placar desfavorável em 2 a 0, o sofrimento também foi grande.

"Nem me fala.... tento ficar calma, mas não dá. Contra o Japão, minha barriga doía tanto, estava preocupada com a expressão séria das meninas, enquanto as japonesas estavam muito tranquilas. Mas, quando houve o intervalo de dez minutos (entre o segundo e o terceiro sets), achei que elas iriam dar um jeito. Nunca deixei de acreditar", afirmou.

Capitã e um dos destaques da campanha que culminou no ouro da Olimpíada de Pequim, título mais importante da história do vôlei feminino brasileiro, Fofão só não esteve no Japão porque não quis. Em plena forma aos 40 anos de idade, a levantadora viu seu nome envolvido em boatos e pedidos para disputar a competição, mas não cedeu aos apelos e manteve a decisão tomada há dois anos de não defender mais a Seleção Brasileira.

Isto, entretanto, não significa que ela não se importe mais com o time. Sempre que pôde, acompanhou os jogos da equipe diretamente da Turquia, onde, nesta temporada, defenderá o Fenerbahce sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, que também dirige o Brasil.

Ela, inclusive, chegou a trocar mensagens com as jogadoras durante o torneio. "Acho que a amizade é grande, eu sei como é estar lá. Elogiar é bom", comentou Fofão. Uma das mais contatadas era Fabíola, nova titular da posição de levantadora da Seleção. E o desempenho dela no Mundial foi aprovado.

"A Fabíola está aproveitando bem a oportunidade e tem demonstrado muita coragem diante desta cobrança toda. Tem uma personalidade muito boa", analisou Fofão, que diz ter mandado mensagens apenas de incentivo para as antigas companheiras de equipe. "Na parte técnica, eu não me meto porque atrapalha", justifica.

Dani Lins também conversou com Fofão, mas bem menos que a companheira de equipe. "Ela teve uma cobrança muito maior que a Fabíola, mas vai melhorar muito. Foi muito peso em cima dela, a Fabíola teve uma cobrança menor", afirmou Fofão ao apontar as causas do baixo rendimento de Dani Lins diante de times mais fortes.

A levantadora lembra que também foi bastante pressionada quando substituiu Fernanda Venturini. "Eu também passei por isso, todo mundo falava que a seleção ia cair de rendimento. Mas é preciso tempo para ter confiança, falei para as meninas. Só o tempo mesmo", acredita.

Triste com a perda do título para a Rússia, mas dizendo-se orgulhosa do time, Fofão apontou o motivo pelo qual, com apenas três titulares da campanha em Pequim, o Brasil quase chegou ao título mundial (além dela, a central Walewska decidiu não defender mais a Seleção, enquanto as ponteiras Mari e Paula Pequeno estavam machucadas.

"Acho que o Brasil tem muito talento, uma coisa que não existe em nenhuma outra parte do mundo. Da base que sobrou, vem a experiência, mas é muita qualidade", destacou.

Para Fofão, Fabíola está aproveitando a oportunidade e tem demonstrado coragem diante de cobranças
Para Fofão, Fabíola está aproveitando a oportunidade e tem demonstrado coragem diante de cobranças
Foto: FIVB / Divulgação
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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