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Vôlei

Na volta, Brasil ganha apoio, admite afobação e elogia Gamova

16 nov 2010 - 08h55
(atualizado em 17/11/2010 às 20h55)
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Simone Sartori
Direto de Guarulhos

Passada a derrota para a Rússia na final do Mundial Feminino de Vôlei no domingo, a Seleção Brasileira encerrou sua viagem de volta nesta terça-feira no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, por volta das 8h (de Brasília). Mesmo abatidas com o vice-campeonato, as jogadoras foram recebidas com cartazes, bandeiras, aplausos e incentivos pelos torcedores que compareceram à área do desembarque, onde se concentravam também pessoas que aguardavam outros passageiros.

Sheilla foi a primeira a se apresentar diante da torcida. Sempre comunicativa, a oposto chegou mais calada, assim como suas companheiras. E em suas declarações, mesmo com algum otimismo, lamentou a virada diante das russas a partir do quarto set em Tóquio. Segundo ela, o Brasil se afobou quando tinha vantagem de 2 sets a 1 no placar.

"Não sei o que aconteceu naquele set, a gente não tem o que falar", disse Sheilla, que admitiu que a gigante Ekaterina Gamova, de 2,02m, fez a diferença mais uma vez na decisão. "Ela conseguiu virar bolas em momentos importantes, mas a gente superou coisas importantes. Conseguimos chegar à final, e agora é partir para nosso próximo foco imediato, que é a Superliga", disse a jogadora do Rio de Janeiro.

A ponteira Jaqueline adotou discurso parecido, elogiando Gamova e defendendo a boa atuação do Brasil ao longo do Mundial. "Ela ganhou o jogo sozinha. Nossa equipe é um grupo muito especial, vamos sair fortalecidas, mas estou muito contente com o segundo lugar", disse a jogadora do Sollys Osasco.

O técnico José Roberto Guimarães tentou manter uma postura mais firme, mas também elogiou a Rússia na chegada ao Brasil. Porém, para o treinador da Seleção feminina, o destaque não foi apenas Ekaterina Gamova.

"A Rússia é uma seleção muito parecida, tem um jogo muito semelhante ao do Brasil. Teve a Gamova em uma noite inspiradíssima, mas na minha opinião, quem se destacou foi a Sokolova (Liubov Shashkova)", afirmou o treinador, que agora assumirá o Fenerbahce-TUR e só irá rever o grupo do Brasil em maio.

Gamova, jogadora do Dínamo Kazan, também ganhou elogios da líbero Fabi. Uma das mais experientes do elenco, a jogadora do Unilever reconheceu que foi difícil segurar a rival, mesmo após a vitória de virada sobre o Japão por 3 a 2 nas semifinais, no sábado.

"Fomos para o Japão para conquistar o primeiro lugar. A virada contra o Japão nos deu a confiança para chegar à final e mirar um bom resultado. Mas não dá para negar que a Gamova estava muito inspirada. Ela acabou decidindo o jogo para a Rússia. Nem sempre acontece como a gente quer. Esporte é assim", filosofou.

Sheilla (foto) e Jaqueline concordaram: Gamova foi decisiva na final do Mundial
Sheilla (foto) e Jaqueline concordaram: Gamova foi decisiva na final do Mundial
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Fonte: Terra
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