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Vôlei

Brasil passa sufoco, vence checos no tie-break e "cala" italianos

4 out 2010 - 18h11
(atualizado às 19h46)
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Celso Paiva
Direto de Roma

Foi de forma angustiante. Se muito se falou sobre encontrar facilidade ficando em segundo não foi o que se viu em quadra no jogo diante da República Checa. Com uma vitória apertada por 3 sets a 2 (25/20, 22/25, 23/25, 25/21 e 15/8), a equipe do técnico Bernardinho fica bem perto de uma vaga na semifinal do Mundial de Vôlei. Para isso, basta uma vitória sobre a Alemanha na próxima quarta-feira, por qualquer placar.

Com o retorno de Marlon no grupo de 12 jogadores, a equipe verde e amarela conseguiu calar as vaias de alguns italianos que torciam contra a Seleção no Ginásio Palalottomatica, em Roma. No início, o som era bem forte, foi diminuindo e no tie-break se transformou em silêncio, se escutando apenas os torcedores brasileiros.

Com a vitória apertada e com um desempenho pautado na garra, a Seleção espera pôr fim a polêmica da derrota contra a Bulgária, na qual foi acusada e criticada por ter supostamente entregue o jogo para os rivais para escapar da seleção de Cuba, sua algoz da primeira fase do torneio.

O jogoA Seleção começou a partida com "sangue nos olhos". Logo no início, a equipe abriu 2 a 0 em uma cravada de Dante, depois de belo saque de Murilo. A República Checa esboçou reação e empatou o jogo em 3 a 3, depois de um ace de Stokr e um contra-ataque de Platenik no lance seguinte de uma deixadinha prensada de Vissotto.

Os checos viraram com um ace de Popelka (6 a 4). A volta por cima do Brasil veio alguns pontos depois da primeira parada técnica: primeiro contra-ataque de Murilo, depois dois bloqueios seguidos de Vissotto e Lucão colocaram a equipe verde e amarela na frente, vencendo por 14 a 12.

A Seleção Brasileira ia mantendo a boa vantagem. Bruninho fez belo saque, os checos se atrapalharam na recepção e a bola voltou fácil para a Seleção. Murilo cravou na ponta para delírio do levantador Bruninho, que saiu vibrando com o ponto. Os comandados de Bernardinho ampliaram para 22 a 18 graças a um saque forte de Murilo e um belo bloqueio de Rodrigão. Fechar o set foi uma questão de tempo. Em uma bola rápida no meio para Lucão, a Seleção fez 25 a 20.

O segundo set começou bastante disputado, com as duas equipes errando muito pouco. A Seleção só conseguiu ficar pela primeira vez na frente do marcador na primeira parada técnica, em um excelente ataque de Murilo. Logo em seguida, abriu a vantagem para 9 a 7, em uma cortada de Vissotto. Os checos logo reagiram e viraram o jogo em um bloqueio em cima de Lucão: 12 a 11.

Logo depois da segunda parada técnica, a Seleção Brasileira caiu muito de produção e viu os checos abrirem 18 a 15, o que fez o técnico Bernardinho parar o jogo para consertar os erros. A Seleção tentava mas não conseguia melhorar sua vida em quadra. Quando o placar marcava 21 a 19, Bernardinho enfim pode colocar pela primeira vez em quadra o levantador Marlon.

A mudança deu resultado, apesar da arbitragem quase atrapalhar. No primeiro saque de Marlon, o Brasil ganhou o ponto em um bloqueio de Lucão, mas o juiz de cadeira mandou voltar por conta de uma sirene que tocou. O lance revoltou os brasileiros. Na volta do ponto, Murilo fez uma ótima recepção e cravou a bola na quadra checa.

A Seleção, porém, voltou a errar bolas no final da parcial, depois de Lucão atacar uma bola para fora, em levantamento um pouco acima de altura de Marlon. Em um erro de saque do próprio Lucão, os checos fecharam o segundo set em 25 a 22.

A terceira parcial começou equilibrada, assim como foi vista nos outros sets. A Seleção aparecia a frente do marcador, até Murilo errar uma cortada : 6 a 5 República Checa. Os europeus abriram a primeira vantagem de dois pontos na parada técnica, quando Vissotto parou no bloqueio duplo dos checos. A equipe verde e amarela devolveu na mesma moeda e igualou o marcador em 9 a 9 no bloqueio de Rodrigão e Dante.

Em um saque de Hudecek, que a recepção brasileira não conseguiu parar, os checos voltaram a ficar com dois pontos de vantagem: 13 a 11. Logo em seguida aumentou para três pontos sua diferença, o que fez Bernardinho parar novamente a partida.

O Brasil iniciou uma reação com um lance polêmico. Murilo errou a recepção, Bruninho salvou do outro lado da quadra, a bola passou perto da antena e Dante marcou o ponto. Os checos reclamaram que a defesa do levantador foi irregular. Em seguida a Seleção diminuiu para 16 a 15, em um bloqueio triplo. Depois de mais algumas trocas de bola, o Brasil conseguiu empatar em 18 a 18 graças a Rodrigão que parou o ataque checo.

Em seguida, porém, devolveu a boa vantagem para a República Checa, com vários erros de ataque de Vissotto, Rodrigão e Murilo. Os europeus abriram 22 a 18. Bernardinho, então, sacou Vissotto para a entrada de Theo. A Seleção diminuiu, mas a diferença era muito grande. Em uma bola em que exploraram o bloqueio verde e amarelo, os checos viraram o jogo fechando o terceiro set em 25 a 23.

O Brasil voltou para o quarto set com Theo no lugar de Vissotto. A mudança funcionou. O oposto reserva entrou muito bem na partida e logo no início a Seleção abriu 4 a 1 no marcador. Os checos diminuíram a diferença em levantamentos um pouco acima da altura ideal de Bruninho, mas mesmo assim a equipe brasileira foi para a primeira parada técnica com 8 a 6.

A equipe verde e amarela jogava de forma consistente e ampliou a vantagem para três pontos, em um ataque de Theo, explorando o bloqueio dos checos: 15 a 12. No saque de Bruninho, a Seleção deslanchou e dificultando a recepção dos checos abriu 18 a 13.

No final do set, a equipe de Bernardinho deu uma vacilada. Depois de colocar uma vantagem de 22 a 15, permitiu que os checos diminuíssem para três pontos. Porém, o Brasil voltou a ter foco no jogo e depois de um belo rali, fechou a parcial em 25 a 21, levando a partida para o tie-break.

Na última parcial, o Brasil voltou a se impôr em quadra. A equipe contou com oito pontos de ataque e quatro de bloqueio para despachar o rival com facilidade por 15 a 8.

Brasil estreia com vitória na terceira fase do Mundial
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Foto: AFP
Fonte: Terra
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