Navajas pede mudanças na Superliga e detona final em jogo único: 'Ridículo'
Com o fim da Superliga Masculina após o título do Sada Cruzeiro, os clubes já começam a planejar mudanças para a próxima temporada. E algumas das que deverão entrar em pauta nas discussões entre a recém-criada Associação de Clubes de Vôlei (CBV) e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) é a que envolve o modelo da competição atual. Os sets com 21 pontos e a final em jogo único são apontados por Ricardo Najavas, supervisor do Funvic/Taubaté e membro do Conselho Fiscal da AVC, como problemas que precisam ser revistos.
Final em jogo único é ridículo. Set com 21 pontos é ridículo. Isso só tem no Brasil, onde temos um dos melhores campeonatos do mundo. Por que tem que ser assim? Alegam que é por causa da Globo. Mas será que a Globo é tão importante assim para os clubes? Queremos discutir isso. Vamos aguardar os próximos encontros. Também não adianta só criticar a CBV. Mas sem eles a gente não consegue fazer nada. O ideal é uma gestão conjunta da Superliga entre clubes e CBV disse ao LANCE!Net o gestor da equipe do Vale do Paraíba.
A ACV foi oficializada no dia 10 de abril. Porém, na última quarta-feira, a CVB divulgou nota afirmando desconhecer o estatuto da nova entidade e não saber se a mesma tem seus interesses alinhados ao do vôlei brasileiro. Uma reunião será marcada em breve entre as duas partes para tentar chegar a um acordo sobre uma nova gestão da Superliga. Os clubes também lutam para que haja uma contrapartida pelos acordos firmados pela CBV com seus patrocinadores quando a marca do torneio nacional estiver em jogo.
Queremos uma revisão nos acordos com fornecedores, patrocinadores, além de melhorar o inevstimento na Superliga como um todo. Para os clubes, é muito difícil se manter, a não ser com o que acontece com um Sesi-SP, um Sada, que têm facilidade de obter recursos. Precisamos de sustentabilidade, negociar de uma forma mais clara. Tenho deixado bem claro esse ponto nas reuniões completou Navajas.
Os sets em 21 pontos foram uma novidade nesta temporada. Após a Federação Internacional de Vôlei (FIVB), presidida por Ary Graça, adotar a medida em algumas competições para encurtar o tempo de jogo e tornar o esporte mais atrativo às transmissões de televisão, a CBV oficializou a regra para a Superliga. A repercussão tem sido ruim entre atletas e técnicos. Muitos se mostraram favoráveis à mudança no início, na expectativa de que ela aumentasse a visibilidade do vôlei. Hoje, já se mostram decepcionados.
A final em jogo único é uma reclamação mais antiga. A última vez que a Superliga teve uma série decidida em mais de um confronto foi na temporada 2006/2007.