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Vôlei

Brasil ignora desfalques, arrasa Itália e se mantém vivo

28 ago 2010 - 05h46
(atualizado às 10h38)
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Nem parecia que o Brasil tinha dois importantes desfalques e jogava contra aquela que o técnico José Roberto Guimarães define como "a melhor seleção do mundo". Neste sábado, a Seleção verde-amarela de vôlei arrasou a Itália por 3 sets a 0, parciais de 25/18, 25/13 e 25/16.

Com o resultado, o time verde-amarelo mantém chances mínimas de chegar ao seu nono título do Grand Prix. Já que os Estados Unidos bateram a China e chegaram a dez pontos na competição, contra apenas oito pontos das brasileiras. Além de vencer seu último compromisso, diante da China, sem ser no tie-break, as comandadas de Zé Roberto tem que torcer por um tropeço das americanas diante do Japão.

Porém, a Seleção Brasileira "se vingou" dos dois últimos jogos contra as italianas (derrota na Copa dos Campeões 2009 e na fase classificatória do Grand Prix 2010). E, ao contrário da partida em São Carlos, desta vez as europeias atuaram com sua equipe completa: Eleonora Lo Bianco, Serena Ortolani, Antonella Del Core, Francesca Piccinini, Simona Gioli, Jenny Barrazza e Enrica Merlo de líbero.

Sem poder contar com as ponteiras Mari e Paula Pequeno, machucadas, Zé Roberto insistiu na titularidade de Natália, que não havia atuado bem no tie-break contra as americanas. Ela, que está acostumada a jogar como oposta, começou um pouco apagada, mas foi crescendo aos poucos e terminou como a maior pontuadora, com 15 acertos.

A despeito de alguns erros de precisão, a levantadora Fabíola novamente teve uma boa atuação, com ótima distribuição de bolas. As centrais brasileiras também brilharam, assim como o saque, responsável por deixar a recepção azul rídicula. Sem o passe na mão, Lo Bianco não conseguiu acionar suas principais atacantes, facilitando e muito o trabalho do Brasil.

As campeãs olímpicas voltam à quadra neste domingo, às 8h30 (horário de Brasília) para encarar a China, sede desta fase final. Sem chances de título, a Itália cumpre tabela contra a também eliminada Polônia, às 4h30.

O jogo

Sem poder contar com duas de suas principais opções, a levantadora Fabíola começou a partida acionando bastante as centrais, que na metade do primeiro set eram responsáveis por mais da metade dos pontos do Brasil. Além da competência, Fabiana e Thaísa também contavam com a sorte: no ponto do 2 a 0, a capitã sacou mal, mas a bola bateu na fita e caiu na quadra rival.

A Itália tinha problemas com o passe e não demorou muito para as brasileiras abrirem seis pontos de vantagem (16 a 08). A seleção cometeu erros bobos, como uma bola na qual Fabiana e Natália foram recepcionar a mesma bola, a central tentou desistir de última hora e não conseguiu, acabando com a jogada. Nada, porém, que comprometesse.

Quando a vantagem caiu para quatro pontos (21 a 17), Zé Roberto parou o jogo e tranquilizou as atletas, que na volta marcaram quatro vezes seguidas e chegaram ao set point, convertido em jogada rápida pelo meio com Fabiana.

No começo da segunda etapa, a Itália passou a impressão de que iria equilibrar a partida, mas não conseguiu se manter bem além do primeiro tempo técnico. Logo na volta, Fabiana conseguiu um excelente bloqueio e o Brasil retomou o controle das ações.

Uma das principais atacantes da seleção italiana, Piccinini estava muito mal e, ao ser bloqueada no 13 a 08, foi substituída por Lucia Bosetti e não voltou mais, terminando a partida com apenas dois pontos. Com tranquilidade, Fabíola quase sempre deixava suas companheiras de equipe em boas condições e a seleção foi aumentando a diferença até Natália fechar a parcial com uma largada.

O bom ritmo continuou no terceiro set, no qual as jogadoras verde-amarelas escaparam no placar a partir da metade da etapa. Os últimos pontos do jogo foram um verdadeiro show brasileiro, que fechou o jogo em um ataque cruzado de Natália após um rali.

Brasil comemora vitória; mesmo com desfalques, jogadoras mostram poder de recuperação
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Foto: FIVB / Divulgação
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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