PUBLICIDADE

Vôlei

Bola nova e desgaste preocupam brasileiras para o Mundial de vôlei

10 out 2012 - 15h25
(atualizado em 22/10/2012 às 19h23)
Compartilhar

Além de encarar os cinco times campeões de seus continentes, o Sollys/Nestlé terá que passar por outros adversários durante o Mundial de Clubes de vôlei, que começa nesta semana em Doha, no Catar. Para as meninas, o grupo pode ter dificuldades com a bola - que é diferente daquela usada no Paulista - e pelo desgaste de competições.

Após encerrar a primeira fase do Estadual nesta terça-feira, ao vencer o Sesi-SP, o time de Osasco participou de evento de apresentação da nova patrocinadora e já embarca nesta madrugada para a competição mundial.

"É complicado. Terminamos um jogo com a adrenalina lá em cima, aí não dá para dormir direito. Tem que acordar cedo, participar de eventos e depois encarar uma viagem bastante longa. Estávamos com o foco no Paulista, mas agora tem que trocar o chip", declarou a jogada Thaísa. "A gente está bem cansado, mas eu confio na minha equipe", completou otimista.

Thaísa, assim como Jaqueline, Sheilla, Fernanda Garay e Adenízia, vem de um estresse maior pela conquista da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres. Apesar de um período de férias, as cinco logo tiveram que retornar para reforçar o Sollys no Campeonato Paulista.

"A gente que é da Seleção está acostumada. Folga é artigo de luxo para nós. Mas a nossa comissão técnica sabe bem lidar com isso", elogiou Thaísa, que deve seu discurso seguido pelo técnico Luizomar de Moura. "As meninas ganharam as Olimpíadas, depois passaram por uma semana intensa de homenagens, mas agora já vêm treinando forte. A conquista é legal para o currículo, mas é o trabalho que determina a continuidade da carreira", teorizou.

Durante os últimos treinos, além de poupar as mais casadas, Luizomar fez com que o grupo trabalhasse com a bola que jogará no Mundial de Clubes - a mesma das Olimpíadas e também da Superliga, mas diferente daquela que têm usado recentemente no Campeonato Paulista. "É muito diferente, o peso principalmente. As sacadoras preferem uma e as passadoras preferem outras", declarou Sheilla. "A cada semana a gente treina duas vezes com a outra bola, então está bom", minimizou Jaqueline. "Somos campeãs olímpicas e temos que saber lidar com tudo isso", declarou a atleta, que além da medalha em Londres, conquistou o ouro também em Pequim, em 2008.

Mais do que o cansaço e a dificuldade com a nova bola, as atletas destacaram a qualidade dos adversários, principalmente do atual campeão, o Rabita Baku (do Azerbaijão), e o turco Fenerbahce, que também conta com as campeãs olímpicas Paula Pequeno e Mari. "São jogadoras de alto nível, será muito difícil, mas a gente vai em busca de jogar bem e fazer a nossa parte muito bem feita", prometeu Jaque. "Não tem favorito, está muito acirrado, nosso grupo parece grupo de Olimpíada", prosseguiu.

O grupo do Sollys embarca já nesta madrugada, mas só estreia no domingo, diante do Bohai Bank, da China. Atual campeão da Superliga e tetracampeão Sul-Americano, a equipe de Osasco participou dos dois últimos mundiais, mas ainda não conquistou o título para sua galeria. "Apesar de todas as dificuldades, eu acredito que voltaremos com a medalha para o Sollys e para o Brasil todo", animou-se Jaqueline.

Jaqueline foi uma das atletas que demonstrou preocupação com a bola da competição
Jaqueline foi uma das atletas que demonstrou preocupação com a bola da competição
Foto: Fernando Borges / Terra
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade