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Vôlei

Superliga começa mais enxuta e com 31 medalhistas olímpicos

23 nov 2012 - 05h00
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A Superliga de vôlei, principal competição nacional da modalidade, tem início nesta sexta-feira. A despeito do sucesso internacional da Seleção e da presença de 31 medalhistas olímpicos brasileiros na competição, o número de times participantes caiu e está mais uma vez concentrado no eixo Sul-Sudeste.

A primeira partida da temporada 2012/2013 da Superliga feminina será entre Sesi e Pinheiros, às 18h (de Brasília) desta sexta-feira, dia em que as outras oito equipes do campeonato entram em quadra. A competição masculina tem início apenas no sábado, com o duelo entre São Bernardo e Sesi, às 18h no ABC Paulista.

A redução do número de times para a temporada afetou a Superliga feminina, que agora tem dez times em vez dos 12 do campeonato de 2011/2012. Vôlei Futuro, Macaé e Mackenzie não se inscreveram para a competição que poderia estar ainda mais enxuta se não fosse a criação do Vôlei Amil, comandado por José Roberto Guimarães.

"Gostaria de ver o vôlei crescendo mais porque equipes ainda acabam. Querendo ou não, no ano passado a gente tinha 12 times e agora tem dez. Precisamos de mais times porque a gente ainda sofre com a perda de patrocínios", avaliou a ponta Jaqueline, uma das cinco campeãs olímpicas do Sollys/Nestlé, equipe que correu o risco de acabar em 2009 após perder o apoio do Bradesco.

Dos times que sobraram na Superliga feminina, nove estão no Sudeste: Sollys, Sesi, São Cristóvão Saúde/São Caetano, Pinheiros, São Bernardo e Amil (SP); Banana Boat/Praia Clube e Usiminas/Minas (MG); e Unilever (RJ). A exceção é o Rio do Sul, de Santa Catarina.

Em quadra, a equipe de Osasco é apontada como favorita para defender o título conquistado na temporada passada. Reforçado, o time conta com cinco campeãs olímpicas em Londres-2012, conquistou o Mundial em outubro e deve ter a Unilever, sua adversária nas últimas oito finais da Superliga, como principal concorrente.

"Nossa equipe está em um bom momento e tivemos uma temporada maravilhosa em 2012. Mas precisamos colocar a cabeça no lugar porque é o maior campeonato do Brasil", afirmou Jaqueline.

O Sesi, da levantadora Dani Lins e da central Fabiana, e o recém-criado Amil são os outros cotados a brigar pelo troféu. "Com a chegada da Sheilla e da Fernanda Garay, o Sollys virou a base da Seleção e é o grande favorito. A Unilever também é muito forte, tem uma estrutura grande. Mas vamos tentar correr por fora. Fomos bem no Paulista, jogamos em bom nível e espero dar continuidade agora na Superliga", apontou Zé Roberto, treinador da Seleção feminina e do time campineiro.

Ao menos durante as primeiras rodadas da competição, a missão de parar o Sollys deve ser facilitada pelas ausências de Sheilla e Adenízia, que ainda se recuperam de lesões recentes.

Na Superliga masculina, são 13 medalhistas olímpicos divididos em 12 equipes, mesmo número da temporada passada. A diferença para 2012/2013, apontada pelos próprios atletas, está na concentração de estrelas no Sesi, campeão de 2010/2011, RJX, criado pelo milionário Eike Batista, e Sada Cruzeiro, que defende o título conquistado na temporada passada.

"Esse ano está mais difícil surpreender. Os times mais poderosos se reforçaram com jogadores importantes de equipes menores, acho que fizeram de propósito", apontou o experiente levantador Ricardinho, ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e prata em Londres-2012 e principal jogador do Vôlei Futuro, vice-campeão da temporada passada. "A gente vai tentar ganhar jogos deles, beliscar alguma coisa".

No Cruzeiro, atual campeão, o discurso é de cautela para tentar conter possíveis surpresas. "A pressão não é nossa, vem dos adversários. Todo mundo quer tirar uma casquinha do campeão. Mas vi alguns jogos de outros times e será uma Superliga muito equilibrada, tem muita equipe que dá trabalho", analisou o levantador William.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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