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Superliga Feminina

"Não posso reclamar de nada na vida", diz Fernanda Venturini

14 abr 2012 - 13h07
(atualizado às 20h10)
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André Naddeo
Direto do Rio de Janeiro

Tão logo recebeu o troféu do vice-campeonato da Superliga conquistado por sua equipe, a Unilever/Rio, derrotada na grande decisão pelo Sollys/Osasco, por 3 sets a 0, Fernanda Venturini foi abraçada pelas companheiras, e não segurou as lágrimas. Aos 41 anos, em sua terceira e definitiva aposentadoria do vôlei (segundo ela, claro), é quase impossível não passar um filme de toda uma carreira vitoriosa pela cabeça.

Sollys/Osasco é o campeão da Superliga feminina:

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"Foi um momento de muita emoção mesmo receber o carinho dessas meninas sensacionais, que eu vi crescendo no esporte. Mas é isso aí, não posso reclamar de nada na vida, minha carreira será marcada pelas vitórias, e não pelas derrotas", explicou a levantadora.

"Estou vendo a Ida (ex-jogadora da Seleção Brasileira de vôlei) sentadinha ali na arquibancada. É o que eu vou fazer a partir de agora, ficar na torcida. Ainda não sei o que eu vou fazer da minha vida, mas espero estar de alguma forma dentro do vôlei", completou, ao lado da filha Júlia, de 10 anos. É para ela e Vitória, de 2 anos, ambas filhas do relacionamento com o técnico Bernardinho, que Fernanda pretende dar mais atenção daqui por diante.

"Tenho que viver mais para elas agora. Como eu disse, não quero deixar de estar dentro do vôlei. Quero fazer qualquer coisa, menos ser treinador. Isso não dá, não é para mim", explicou. Para a jogadora, que voltou às quadras após a levantadora Dani Lin ter deixado a equipe do Rio de Janeiro sem uma substituta à altura, e buscava o seu 13º título em plano nacional, o título da equipe paulista foi mais do que merecido.

"O time delas era muito melhor, a Hoocker estava num dia super inspirado também, não conseguimos quebrar o passe delas. Ficou claro que o nível delas estava bem melhor. Mas vou repetir: não tenho do que reclamar, estou no lucro", completou.

Para o marido e técnico Bernardinho, restou a frustração e a culpa pela derrota. "Assumo total responsabilidade, fico triste pelo vôlei não contar mais com uma jogadora com tanto valor, mas espero que ela de alguma forma fique dentro do esporte, ela é muito importante para o vôlei", ponderou.

Fonte: Terra
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