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Superliga Masculina

Theo cita "deselegância", e semifinal promete clima tenso

13 abr 2012 - 13h26
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Chico Siqueira
Direto de Araçatuba

Embora jogadores e comissões técnicas das duas equipes tentassem evitar polêmicas, o clima para partida desta sexta-feira é tenso, seguindo a tendência do último confronto, realizado no Rio de Janeiro. Durante aquela partida, o oposto Lorena, do Vôlei Futuro, se envolveu num bate-boca com o oposto Theo, do RJX. Nesta quinta-feira, Theo disse que as discussões são normais em partidas decisivas, mas que seu colega foi deselegante. Apesar disso, ele afirmou que vai se esforçar para não ver o problema se repetir em Araçatuba.

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Do lado do Vôlei Futuro, o ponteiro Lorena e o levantador Ricardinho, se recusaram a falar com a imprensa antes da partida. Lorena até avisou aos jornalistas com antecedência, mas Ricardinho, que havia marcado entrevistas, desistiu de última hora, aparentemente irritado com uma informação, veiculada na TV, de que jogadores do VF teriam sido proibidos de dar entrevista sobre o bate-boca.

"O que aconteceu foi coisa do jogo tenso, que já aconteceu antes com outros jogadores. Deve ter acontecido com ele (Lorena), já aconteceu comigo, isso é coisa que acontece no jogo", disse Theo.

O oposto disse não saber se o bate-boca influenciou a reação da equipe adversária. ¿Se foi isso eu não sei, mas a partir daquele momento ele (Lorena) começou a jogar melhor, entrou no jogo e começou resolver a maioria dos problemas do time dele. Então, temos de tentar evitar aquilo lá independente de se vai fazer crescer ou não no jogo, aquilo não é bom para o esporte. Não é elegante fazer aquelas atitudes, então acho que não vai acontecer mais aquilo lá."

Para o técnico do RJX, Marcos Miranda, as discussões são comuns quando se trata de uma partida decisiva, mas que devem ficar dentro de um limite. "As coisas que acontecem são normais quando no contexto há duas grandes equipes que buscam pela classificação. São coisas normais de bons jogadores que querem ganhar, mas uma vez que as coisas não ultrapassem o limite da ética esportiva", disse Miranda. "Agora, é um jogo tenso, pois é de decisão de mata-mata e segue quem ganha", completou.

O técnico do Vôlei Futuro, Cesar Douglas, também vê como normal o bate-boca, porque se trata da característica extrovertida, quase explosiva, dos seus jogadores. ¿É o perfil da nossa equipe. Os nossos jogadores foram escolhidos exatamente por ter esse estilo, de muita energia. A filosofia do VF foi conseguir montar uma equipe com este perfil, a gente escolheu os jogadores por isso. A gente queria um oposto como o Lorena, um central como o Vini, com perfil forte, e o Ricardo, cuja personalidade é forte e vibrante", diz

"É uma característica nossa, jogar assim. De não deixar cair a energia em nenhum momento", diz o líbero Mário Júnior, do Vôlei Futuro. Com ele, concorda seu colega, o central Michael. "Esses jogos são de vida ou morte. Isso faz parte do jogo, do clima quente de partida decisiva de voleibol. Se não houver essa vontade de vencer, essa garra, daí não existe tesão para se jogar", concluiu.

Jogadores esperam partida longa e equilibrada

Atletas e técnicos das duas equipes esperam uma partida longa, possivelmente em cinco sets. "Não tenho dúvidas de que será uma partida longa, equilibrada e vencerá quem tiver os pés no chão, a cabeça tranquila e administrar a ansiedade com mais competência", afirmou o ponteiro Dentinho, do Volei Futuro.

Para o experiente Mário Júnior, líbero do VF, será um jogo de paciência em que o emocional vai contar muito. "O aspecto emocional nesta fase é o que mais conta, pois todo mundo já trabalhou a temporada inteira a parte física e a parte técnica. Será um jogo difícil, de cinco sets, demorado, catimbado. Será um jogo que vai ser parado o tempo todo, um jogo trocado, de cabeça", prevê.

"Na minha opinião será um jogo muito brigado, com uma casa cheia contra nós e espero fazer uma boa partida e vencer", diz o oposto Théo, do RJX. "A parte emocional oscila, mas o resultado será definido mais por uma questão estratégica e técnica do que por propriamente pela parte emocional", diz o técnico do RJX, Marcos Miranda.

Para o técnico do Vôlei Futuro, Cesar Douglas, o emocional será o fiel da balança. "Não tem como ser diferente, numa situação de semifinal, tendo em vista como foi a Superliga, competitiva ao extremo, com duas equipes fortes, que se conhecem e com chances de chegar à final. É um jogo que vai ser definido dentro da complexidade para se jogar cinco sets, com todas as dificuldades de um jogo equilibrado", disse Douglas.

Theo entrou em discussão com Lorena na segunda partida da semifinal
Theo entrou em discussão com Lorena na segunda partida da semifinal
Foto: Fábio Borges / Vipcomm / Divulgação
Fonte: Especial para Terra
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