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Superliga Masculina

Torcedores do Vôlei Futuro dormem em fila e sonham com futebol

16 abr 2012 - 19h14
(atualizado às 20h07)
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Chico Siqueira
Direto de Araçatuba

Centenas de torcedores associados do Vôlei Futuro passaram a noite de domingo para segunda-feira na fila na tentativa de garantir lugares nos ônibus que levarão a torcida para assistir à final da Superliga masculina, no próximo sábado, em São Bernardo do Campo. Pela primeira vez a equipe do Vôlei Futuro chega à final da competição, o que trouxe um clima de euforia entre a população. Um clima que pode até ajudar até na luta para recuperar o futebol profissional de Araçatuba, que neste ano voltou a disputar uma divisão profissional depois de cinco anos.

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Os associados do Vôlei Futuro começaram a chegar para reservar os lugares nos ônibus por volta das 22h30. Eles ficaram alojados no ginásio de esportes Plácido Rocha até 13h de segunda-feira, quando as bilheterias abriram. A direção do clube prometeu disponibilizar 35 ônibus para fazer o transporte, mas deu preferência das reservas para os sócios-contribuintes do clube. Se sobrarem lugares, serão oferecidos nesta terça-feira para os não-sócios.

A expectativa, porém, a exemplo do que ocorreu com a partida da semifinal da última sexta-feira - quando não houve ingressos para não-sócios - é de que os sócios reservem esgotem todos os lugares, uma vez que cada um deles poderá comprar até cinco pacotes. O pacote, que custa R$ 40,00 para os sócios, dá direito à viagem, ingresso para a partida, camiseta e dois batedores por pessoa. Os pacotes que sobrarem serão vendidos a R$ 60 cada um para os não-sócios.

Nesta segunda-feira, enquanto esperavam pela abertura das bilheterias, torcedores comentavam sobre a possibilidade de o Vôlei Futuro ser campeão pela primeira vez em cinco anos de disputa da divisão principal da modalidade. "A cidade vive um clima que há muito tempo eu não via. As pessoas voltaram a sorrir com o nosso esporte", contou o aposentado João Roberto de Mello.

"Fazia muitos anos que não tínhamos uma equipe disputando títulos importantes e não víamos grandes times jogar aqui", disse, referindo-se à época em que a equipe da cidade, a Associação Esportiva Araçatuba disputava a primeira divisão do futebol. "A gente era obrigada a ir mais cedo para as bilheterias quando times grandes jogavam aqui. E olha que vi muito time grande, como o São Paulo, Palmeiras e Corinthians, passarem apuros aqui", emendou. "Mas isso foi há muito tempo, ainda na década de 1990", lembra Mello.

Ao mesmo tempo em que o Vôlei Futuro brilha na Superliga, a cidade tenta reativar o AEA, que depois de cinco anos voltará a disputar partidas profissionais, agora pelo campeonato da segunda divisão, a A2. A primeira partida será em 5 de maio. A prefeitura de Araçatuba reformou o estádio Adhemar de Barros para adaptá-lo às condições exigidas pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

A prefeitura, aliás, é a principal parceira da empresa do ex-goleiro Waldir Peres, a Peres Sport Business, que está gerindo o "Canário" de Araçatuba, como é carinhosamente conhecido pela torcida. Há duas semanas, o prefeito Cido Sério (PT) participou do evento em que foram apresentados o brasão e os uniformes da nova Associação Esportiva Araçatuba (AEA).

"A gente sente que a população está animada com a volta da AEA. Estamos otimistas, porque com o Vôlei Futuro dando certo, esperamos que não vão deixar a AEA dar errado", diz o designer gráfico Joomar Marques, 38 anos, torcedores fanático da AEA.

"Passamos os últimos anos torcendo pro vôlei porque não tinha futebol. Agora tomara que os gestores tenham aprendido com o vôlei como fazer sucesso", disse. Marques tem a mesma opinião que a maioria dos araçatubenses: "todos sabem que o futebol não deu certo porque era dirigida por políticos. Esperamos agora que a AEA, dirigida por profissionais possa dar bons resultados e nos trazer muitas alegrias", disse.

Vôlei Futuro fará a final da Superliga masculina contra o Sada/Cruzeiro
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Foto: Pierre Duarte / Vipcomm / Divulgação
Fonte: Especial para Terra
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