Times de vôlei criam Associação por direitos e transparência
Os clubes já estão dando os primeiros passos concretos em reação às denúncias que atingem a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Representantes de todas as equipes masculinas e algumas femininas se reuniram nesta quinta-feira em São Paulo para oficializar a Associação de Clubes de Vôlei.
A iniciativa visa à defesa dos direitos dos atletas, à transparência no que diz respeito aos gastos feitos pela entidade máxima do vôlei e à sustentabilidade do esporte, que vive crise desde que a ESPN Brasil relevou assinatura de contratos de até R$ 20 milhões entre a CBV e empresas de cartolas, com recursos provenientes do Banco do Brasil.
"Não queremos bater de frente com a CBV, mas reivindicar direitos, como de imagem, de negociação, chance dos clubes de participar das decisões, analisar balanço financeiro. Não temos noção de como as coisas são negociadas", explicou Ricardo Navajas, supervisor do Funvic/Taubaté.
Na pauta, o ponto principal é a questão dos valores. Navajas admite que os contratos assinados pela entidade não vinham sendo alvo de questionamento dos clubes e reconhece a parela de culpa das agremiações, mas diz que o objetivo é mudar esse cenário.
"Por que a Superliga é vendida dessa forma em relação a patrocínio, por exemplo? Os clubes também são culpados, pois nunca procuraram saber. As regras eram impostas e sempre cumprimos. Qual o valor da Superliga? Por que não pode ser outro? Será que não podemos negociar outra proposta?", questionou Navajas.