Yohansson bate recorde paralímpico e se classifica à final dos 400 m T46
4 set2012 - 07h37
(atualizado às 10h58)
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Danilo Vital
Direto de Londres
Dois dias após conquistar a medalha de ouro nos 200 m T46 (para atletas amputados e les autres), o alagoano Yohansson Nascimento voltou a brilhar no Estádio Olímpico de Londres. Na manhã desta terça-feira, durante prova eliminatória, o brasileiro não só se classificou para a final dos 400 m T46, como também quebrou o recorde paralímpico da prova em sua categoria - T45 -, se credenciando como um dos favoritos a conquistar medalhas.
Com pleno domínio desde a largada, Yohansson abriu uma grande vantagem sobre seus adversários logo nos primeiros 200 metros. Da metade para o fim, o brasileiro se poupou, administrou a vantagem, terminou na segunda posição da bateria com 50s18 (quarto tempo no geral) e mesmo assim conseguiu quebrar o recorde paralímpico de sua categoria - T45.
Outro brasileiro a disputar a prova, Emicarlo Souza não teve um desempenho tão bom quanto o de Yohansson, mas mesmo assim garantiu vaga na final com o sétimo tempo - 50s40.
O mais veloz da eliminatória foi o ruandês Hermas Muvunyi com 49s75, seguido por Pradeep Pathirannehelag, do Sri Lanka, que cravou 49s82, e Gunther Matzinger, da Áustria, que marcou 49s91.
Contando com dois brasileiros entre os oito finalistas, a disputa de medalhas dos 400 m T46 será realizada ainda nesta terça-feira, às 16h54 (de Brasília).
Três vezes medalha de ouro em Jogos Olímpicos, José Roberto Guimarães conta com um parente representando o Brasil nas Paralimpíadas: o irmão, Fernando Lages Guimarães
Foto: Fernando Borges / Terra
Assim como Zé Roberto (treinador campeão olímpico em 1992, 2008 e 2012) Fernando Lages Guimarães é técnico de vôlei: da Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado
Foto: Fernando Borges / Terra
Fenando, porém, foge do "senso comum" e frisou que gosta de resgatar o parentesco
Foto: Fernando Borges / Terra
"Eu faço questão que as pessoas saibam, eu gosto que falem. 'O cara' é ele, o único tricampeão olímpico do Brasil. Não tem o menor problema. Eu até uso isso porque, para mim, é bom", disse Fernando
Foto: Fernando Borges / Terra
"Não tem comparação. Mas isso só ajuda. Sou fã dele primeiro como homem. E eu espero que comparem mesmo. Se eu conseguir fazer um décimo que ele fez, está ótimo", complementou Fernando
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Fernando Lages Guimarães, aliás, compôs a comissão técnica da Seleção feminina de vôlei na Olimpíada de Pequim 2008: ele era fisioterapeuta
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Mas Fernando não caiu de paraquedas na Seleção masculina de vôlei sentado: no passado, ele desenvolveu um trabalho pioneiro com deficientes físicos chamado hipoterapia, com uso de cavalos
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"Estou tentando trazer modelo que dá certo para o vôlei de pé para o vôlei sentado", explicou
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Ainda não há perspectiva de atingir o patamar de Zé Roberto no vôlei sentado, mas ele já nota a evolução da equipe, que deu trabalho ao bicampeão paralímpico Irã na derrota desta segunda-feira
Foto: Fernando Borges / Terra
"Temos futuro bem legal pela frente", apostou Fernando Lages Guimarães