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Paixão dos latinos levou a eliminação de europeus, diz Löw

28 jun 2014 - 18h59
(atualizado às 20h13)
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Com a vantagem de jogar em casa, as seleções da América Latina estão muito motivadas e têm lidado melhor com o enorme calor e a umidade, o que ajuda a explicar as eliminações de tantas equipes europeias ainda na fase de grupos da Copa do Mundo, disse o treinador da Alemanha, Joachim Löw, neste sábado.

<p>Joachim L&ouml;w, t&eacute;cnico da Alemanha</p>
Joachim Löw, técnico da Alemanha
Foto: Reuters

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"As seleções latino-americanas estão evidentemente em casa jogando em seu continente e até as equipes da América Central estão dispostas a provar para o mundo a qualidade e a força que têm", afirmou Löw a repórteres.

"Você tem a sensação em algumas partidas de que eles estão jogando pelas suas vidas", disse. "Talvez seja essa a razão pela qual temos, surpreendentemente, poucas seleções da Europa vivas na disputa."

A Alemanha está atrás do primeiro título de uma seleção europeia em uma Copa do Mundo disputada na América Latina, e esta já é a sétima Copa na região.

O técnico disse que seu time se dedica muito para se adaptar às condições locais e está preparado para enfrentar oponentes latino-americanos que, como ele previa, estão jogando com muita vontade.

"É surpreendente que tantos times da Europa já não estejam mais na disputa", afirmou. "Grandes nações do esporte, como Espanha, Itália, Portugal e Inglaterra estão todas fora. E eu não consigo lembrar de uma edição com tantas forças europeias voltando para casa tão cedo, ainda na fase de grupos."

Löw e a comissão técnica têm alertado os jogadores - e jornalistas - há meses de que as condições no Brasil seriam desafiadoras para as seleções da Europa. "Estava claro que as equipes da América do Sul entrariam extremamente motivadas para esta Copa do Mundo em seu continente natal", disse. "Colômbia, Chile, Argentina e Brasil têm se preparado para este torneio por muitos, muitos anos."

<p>Costa Rica sobrou no Grupo C e ajudou a eliminar It&aacute;lia e Inglaterra</p>
Costa Rica sobrou no Grupo C e ajudou a eliminar Itália e Inglaterra
Foto: Reuters

Com a meticulosidade que é característica dos alemães, Löw escolheu como centro de treinamento de sua equipe um afastado resort na Bahia, localizado no meio do calor tropical e a apenas uma ou duas horas de avião de várias cidades-sede da Copa - em uma tentativa de minimizar o impacto de viagens e se acostumar com o calor.

A comissão técnica também se importou com pequenos detalhes, como assegurar que a grama do campo de treinamento seja da América do Sul e que todas as sessões de treinamento fossem realizadas sob o sol do meio-dia.

"Parece que os times sul-americanos têm mais facilidade com as condições externas aqui, jogando sob forte calor e à tarde entre 13h e 16h", afirmou. "Estão mais acostumados."

Mas o treinador não quer que esses assuntos sejam usados como desculpas pelos europeus, inclusive por alemães. Löw quer, depois do torneio, uma análise mais detalhada sobre o porquê dos europeus terem sido um fiasco, de forma geral.

"Nós estamos aí", disse. "Nos adaptamos bem ao calor, não queremos fazer disso um problema. Já sabíamos que seria quente e úmido, com muito sol, campos secos e duros. Não faz sentido reclamar agora. É o que é. Aceito as condições, não vamos lamentar."

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