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Autuori desabafa contra a CBF após jogo remarcado para período da tarde

22 jun 2016 - 23h22
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Após a interrupção da partida entre Chapecoense e Atlético Paranaense, que empatavam em 0 a 0 na Arena Condá, pelo Campeonato Brasileiro, antes da chegada de uma forte neblina, o técnico Paulo Autuori concedeu sua entrevista coletiva, mas o tema não foi o jogo, aliás, assunto vetado. O foco foi a decisão de mandar o jogo para as 15 horas de quinta-feira, a contragosto dos dois clubes.

"Força maior a gente tem que respeitar. É um problema da natureza. O que não é aceitável é a falta de bom senso da CBF. Porque tem profissionais envolvidos nisto, tem viagem. O próprio Chapecoense vai viajar ao Recife. O jogo deveria ser pela manhã. Havia acordo entre as equipes", reclamou o treinador, alfinetando os acordos com as televisões e patrocinadores. "Como sempre, os interesses comerciais e a falta de bom senso, define o regulamento. Os profissionais que se virem. É uma oportunidade para se mostrar que se pensa muito pouco no futebol", emendou.

O comandante rubro-negro explicou como foi a conversa com o adversário e a intervenção da entidade. "As duas equipe são prejudicadas O juiz foi muito bem, esperou os 30 minutos regulamentares, aí entrou a CBF. Os clubes, de forma racional, decidiram que seria às 11 horas. Isso não querem saber, nem pensam nessas coisas. Já aconteceu comigo com chuva, jogo foi paralisado, mas como sempre prevalecia o definido entre os clubes", contou.

Autuori acredita ser esse um problema estrutura que deixou o interesse dos profissionais de lado para beneficiar o comercial. "Não vou falar de prejuízo técnico, isso acontece, pela natureza. Agora, quando as

coisas acontecem, tem que pensar no todo, não com a desculpa do regulamento. O regulamento prevê um monte de coisa que não se cumpre. Para ter bom futebol, tem que ter cuidado com os profissionais. Isso é o nosso país e o futebol não fica alheio", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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