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Fifa e Petraglia ironizam desaprovação da Copa em Curitiba

22 abr 2014 - 20h45
(atualizado às 21h16)
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Presidente do Atlético-PR voltou a criticar a imprensa paranaense, com quem tem rusgas há anos
Presidente do Atlético-PR voltou a criticar a imprensa paranaense, com quem tem rusgas há anos
Foto: Atlético-PR / Divulgação

Na coletiva realizada nesta terça-feira, representantes de Atlético-PR, Fifa, Governo e Prefeitura estiveram frente a frente com a imprensa. Em alguns momentos, os ânimos se exaltaram e integrantes da mesa não gostaram dos questionamentos.

Na sua grande maioria, o discurso era tranquilo, com alguns tons de críticas e exigências para o decorrer das obras durante maio: a entrega do estádio no dia 13 de maio e, no dia seguinte, um evento-teste a pedido de Jérôme Valcke, com capacidade para 43 mil pessoas.

Entretanto, uma pesquisa acabou citada no final da entrevista. A Paraná Pesquisas divulgou nesta manhã, através do jornal Gazeta do Povo, um levantamento sobre a opinião dos curitibanos sobre a Copa do Mundo. Atualmente 57,5% dos moradores da cidade não apoiam a realização do evento na capital paranaense. Já 38,7% aprovam a maior competição no local – 3,8% não souberam responder.

Quase três anos antes, em junho de 2011, o número era bem diferente. Apenas 30,9% não concordavam com o Mundial em Curitiba, 66,5% eram a favor. A população também crê que protestos serão feitos durante as quatro partidas programadas na Arena da Baixada. Sobre este quesito, 81,1% acreditam que terá manisfestações, enquanto 18,1% aposta em partidas tranquilas nos arredores.

“Não levo a sério e rio deste tipo de pesquisa”, ironiza Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR. “Em momento de crise, como foi quando corremos risco de ficar fora da Copa, é normal ter essa desconfiança”, completa Reginaldo Cordeiro, secretário municipal da Copado Mundo em Curitiba.

Já Jérôme Valcke fez uma análise um pouco maior. “Os atrasos nas obras acarretam nisso. Os três com maiores problemas, curiosamente, são estádios privados (Arena da Baixada, Arena Corinthians e Beira-Rio). É algo para ter atenção na Rússia (sedia a Copa em 2018 e possui apenas um estádio privado). Agora, vamos ver se essa pesquisa vai seguir assim daqui um ano. Ter uma desaprovação um pouco acima de 50% nesta época é normal”, ponderou.

Imprensa criticada

O momento de maior revolta na coletiva aconteceu quando o tema abordado foi o afastamento do secretário-geral Jérôme Valcke em dezembro de 2006, depois da disputa entre a MasterCard e a Visa pela condição de patrocinadora da entidade. O francês era o diretor de marketing na época e uma corte dos Estados Unidos determinou que Valcke mentiu nas negociações com as empresas.

Além disso, também acabou citado de Valcke, em fevereiro de 2007, ter fechado um contrato de R$ 223,5 mil (em valores atuais) para prestar a assessoria à CBF, auxiliando o Brasil na elaboração de um orçamento para a Copa, criando as bases do Comitê Organizador Local (COL) e até estabelecendo uma estratégia para a busca de patrocínios.

O secretário-geral da Fifa foi breve na sua resposta. “Acho uma pergunta boba neste momento”, declarou – ainda dizendo que esse assunto é passado. Porém, o mandatário do Atlético-PR assumiu as dores e criticou a imprensa paranaense, na qual possui rusgas há anos e, inclusive, evita a entrada dos meios de comunicação no dia a dia do clube.

“Eu me envergonho, como paranaense, que a nossa mídia faça esse tipo de pergunta que não tem nenhum objetivo e que cria mais um clima de destruição que temos vivido nesses três anos, desde que a Copa do Mundo foi designada para a nossa cidade. Lamentavelmente temos que conviver com esse tipo de coisa. Eu peço perdão em nome do nosso clube”, esbravejou.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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