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Olha Ele! No Batatais, Cocito lembra entrada em Kaká: "não foi maldade"

10 nov 2013 - 09h31
(atualizado às 09h31)
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Autógrafo de Cocito em foto de entrada dura: ele assegura que foi na bola
Autógrafo de Cocito em foto de entrada dura: ele assegura que foi na bola
Foto: Reprodução

"Pegou só na bola!", diz Cocito.

Destinado a coletar a assinatura de jogadores, a página Autógrafos.org tem uma foto de Cocito que virou espécie de hit entre atleticanos. No lance, o ex-volante chega firme de carrinho com as duas pernas sobre Fabrício Carvalho, da Ponte Preta. Ao pedir um autógrafo ao jogador, o fã Rafael Getelina não teve dúvida sobre qual imagem escolher. Em seu Facebook, Cocito também publicou a foto em que ele assegura não ter batido em Fabrício.

O fato é emblemático sobre um jogador de estilo vigoroso, marcador implacável, dedicado dentro de campo e que por vezes também passou na dose. Mas, para ele, nem em Fabrício, muito menos em Kaká. Ídolo dos rubro-negros, Cocito viveu o momento de maior repercussão de sua carreira em um Atlético-PR x São Paulo, exatamente o confronto deste domingo em Curitiba. Pelas quartas de final do Brasileiro 2001, Kaká saiu de campo depois de uma entrada do volante e chorou copiosamente ao ser substituído.

"Fiquei marcado como violento", diz Cocito em entrevista ao Terra. "Na época a imprensa colocou que tive maldade, de quebrar, mas fui parar a jogada. Todos viram que nem tomei cartão, não foi maldade. Ele saiu chorando e disse nas entrevistas que só chorou por deixar o time, queria ajudar, estava começando. Não tem motivo para chorar de dor. Foi por deixar o campo. A imprensa não queria Atlético-PR e São Caetano na final", protesta.

Cocito comanda futebol do Batatais e sonha com volta ao Atlético-PR

Imortalizado como um dos destaques do título mais importante da história do Atlético-PR, o Brasileiro de 2001, Cocito hoje vive nova realidade. Tentou a carreira de empresário, se desiludiu e agora comanda, ao lado do pai, a ascensão do Batatais Futebol Clube, de volta para a Série A-2 do Campeonato Paulista em 2014. Voluntariamente, ele é o faz-tudo do Fantasma da Mogiana, presidido por Moysés José Cocito, que encerrou recentemente sua terceira gestão.  

Batatais durante a Série A-3 do Campeonato Paulista: vice-campeão
Batatais durante a Série A-3 do Campeonato Paulista: vice-campeão
Foto: Divulgação

"Sou uma espécie de diretor de futebol, mas pela situação financeira do time fazia até trabalho de psicólogo, de conversar com todos os jogadores. Também como nutricionista, às vezes até de ir ao supermercado fazer compras, ou como auxiliar técnico. Tudo isso sem ganhar um real, até gastando um pouquinho. Faço por ele, pelo time, e espero que a cidade reconheça mais o trabalho de todos", pede. 

De acordo com Cocito, o Batatais não está imune às dificuldades financeiras dos clubes do interior paulista, mas está perto de concluir a reforma de seu estádio, vai aumentar o quadro de funcionários e investiu R$ 100 mil para ficar apto à Lei de Incentivo ao Esporte. Tudo por um sonho de chegar à primeira divisão paulista, ainda que ele admita outro objetivo importante. 

"O meu sangue é rubro-negro. A minha identificação com o clube é muito grande e já deixei claro ao Petraglia (presidente) sobre a oportunidade de trabalhar um dia no Atlético-PR. Seria uma satisfação muito grande, mas tenho muita gratidão. Como eu parei só com 32 anos, ainda sonho às vezes que estou jogando", explica.

Sem mágoas por suas histórias curtas no Corinthians (teve muitas lesões) e no Grêmio (jogou 51 vezes em 2004, mas o time foi rebaixado), Cocito apenas observa de Batatais sobre a melhor temporada do Atlético-PR desde o vice da Libertadores há oito anos. "É muito comprometimento de todos. O Petraglia é um cara polêmico, mas pensa grande. Se não pensar lá em cima, nunca vai chegar", diz o ídolo rubro-negro. 

Fonte: Terra
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