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Petraglia critica cancelamento do clássico e se opõe ao monopólio

20 fev 2017 - 10h41
(atualizado às 10h41)
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O ex-presidente do Atlético-PR e atual presidente do conselho deliberativo do clube Mário Celso Petraglia foi mais um membro do Furacão a demonstrar seu descontentamento com o episódio que aconteceu neste domingo, no clássico Atletiba. O dirigente relatou os bastidores da proibição do clássico por conta da transmissão que os dois clubes combinaram de fazer via internet.

A transmissão era uma alternativa para os torcedores acompanharem o clássico, uma vez que tanto o Coritiba como o Atlético-PR não aceitaram vender seus direitos de transmissão por conta do baixo valor oferecido pela Tv Globo. Minutos antes do início da partida, a Federação Paranaense de Futebol decidiu proibir a realização do jogo.

"Nós estamos há muitos anos em confronto com redes de televisão daqui, que pagam absurdamente pouco pelo nosso campeonato estadual. Nós reconhecemos que não temos a expressão de outras instituições, mas os valores não traduzem a realidade", disse Petraglia em entrevista ao programa Primeiro Tempo, do Bandsports.

"O que houve foi que nós não quisemos vender os direitos de transmissão, daí na calada da noite a Federação reuniu os clubes considerados pequenos, os que faturam menos, com pouco calendário, e a Rede Globo de Televisão comprou os direitos de transmissão dos dez clubes restantes que compõem nosso Estadual, e assim decidimos fazer nossa própria transmissão", completou.

A falta de credenciamento da equipe responsável por fazer a transmissão pela internet do clássico foi apontada como motivo para os profissionais não ficarem no gramado. Desta maneira, os clubes concordaram com a limitação e decidiram transferir os profissionais para as arquibancadas do estádio.

"O nosso regulamento não dá o direito de interromper ou não realizar uma partida por falta de credenciamento. Nós tomamos medidas contra o monopólio, não havia nenhuma forma, nenhum ponto jurídico contra as nossas decisões. A bem da verdade é que o árbitro tem o poder de tirar do campo aquele que entender que não deva ficar. A gente falava 'tudo bem, a gente sai do campo, vamos para a arquibancada', mas ele falava 'não, não pode ter transmissão'. Então para que serve o credenciamento? ", contestou o cartola.

A insatisfação do Coritiba e do Atlético-PR com a Federação Paranaense de Futebol é antiga. Mario Celso Petraglia revelou que os dois principais clubes do Paraná travam uma batalha na justiça contra a entidade que regula o futebol no estado.

"Nós estamos na justiça, o Coritiba e nós, há três anos tentando mostrar à sociedade os desmandos e os problemas da Federação. Temos levantamentos feitos por peritos da justiça provando uma série de coisas, mas lamentavelmente a justiça no Brasil é muito lenta", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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