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Atletismo

Ex-velocista se afasta da IAAF após denúncia de corrupção envolvendo Rio 2016

6 mar 2017 - 17h45
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O ex-velocista namibiano Frank Fredericks se afastou da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), conforme a entidade divulgou nesta segunda-feira, após informações sobre suposto envolvimento em irregularidades na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

De acordo com nota assinada pelo presidente da IAAF, o britânico Sebastian Coe, o dono de três medalhas olímpicas, todas de prata, nas provas dos 100 e 200 metros rasos, em Barcelona e Atlanta, deixa grupo de trabalho que reavalia a readmissão da Rússia, suspensa por doping, e dará lugar ao ex-saltador esloveno Rozle Prezelj.

"Decidi deixar o grupo para que não seja questionada a integridade do trabalho realizado, devido as acusações feitas contra mim pelo 'Le Monde'. É importante que a missão deste grupo seja vista como livre e justa, sem influência externa", afirmou Fredericks, se referindo ao jornal que publicou as informações sobre supostas irregularidades.

A publicação citou o ex-velocista em matéria, apontando que ele mantinha uma empresa nas Ilhas Seychelles, que, no mesmo dia da escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, recebeu transferência de quase US$ 300 mil (R$ 940,3 mil).

O porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mark Adams, explicou nesta segunda-feira que Fredericks já entrou em contado com a Comissão de Ética da entidade para explicar a situação.

De acordo com o namibiano, o valor foi pago pela Pamodzi Sports Consulting, empresa do senegalês Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, que se dedica a promoção de "propriedades esportivas ligadas a programas de marketing" da federação de atletismo.

A publicação garante, no entanto, que houve pagamento ao a Papa Massata Diack, feito por um empresário brasileiro investigado na Operação Calicute, da Polícia Federal, três dias antes da escolha do Rio para receber os Jogos de 2016.

EFE   
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