PUBLICIDADE

Após mais uma batida, Mercedes considera impor ordem à pilotos

4 jul 2016 - 08h23
Compartilhar
Exibir comentários

Durante o Grande Prêmio da Áustria, no circuito de Spielberg, as Mercedes líderes do Campeonato Mundial, de Nico Rosberg e Lewis Hamilton, voltaram a se colidir na pista. Neste fim de semana, contudo, a batida não foi tão severa e o inglês tricampeão do mundo saiu com a vitória enquanto seu companheiro foi o quarto colocado.

Leia mais:

Mercedes compara rivalidade entre Hamilton e Rosberg a Senna e Prost

Mercedes se irrita com colisão de Hamilton e Rosberg na última volta

Rosberg culpa Hamilton por batida; britânico se defende

Rosberg e Hamilton se chocam na primeira volta e deixam GP da Espanha

Após a batida, o chefe da montadora, Toto Wolff, começou a considerar a imposição de ordens para seus pilotos conservarem posições e levarem seus carros até o fim - como na época de Michael Schumacher e Rubens Barrichelo, na Ferrari, em que o brasileiro acatava ordens da equipe italiana e deixava o companheiro passar.

"Na minha inocência, após os acidentes anteriores achei que eles aprenderiam. Agora olhamos para todas as opções na mesa e uma delas é congelar as posições em certo momento da corrida", comentou Toto após o incidente. "É impopular, me faz sentir nojo de mim mesmo, mas, se correr não vai ser possível sem colidir, essa é a consequência", acrescentou.

Para Lewis Hamilton, ávido britânico, isso seria um absurdo. O piloto abertamente pediu para sua equipe não seguir com essa ideia. "Meu coração afundaria. Eu cresci querendo correr, ser o melhor, ser melhor que os outros. Vi um replay de Schumacher e Rubinho e aquilo me decepcionou como fã. Não quero que ordens assim aconteçam nunca na Mercedes", pontuou o piloto.

"É muito bom isso, que o Toto e o Niki Lauda nos deixaram correr nesses três anos. É disso que correr se trata, nem sempre vai ser perfeito. Espero que não façam isso e espero que consiga continuar correndo. É minha honesta opinião como um apaixonado pelo esporte", acrescentou o atual segundo colocado da Fórmula 1.

Líder do campeonato com 153 pontos, 11 a mais que Hamilton, Rosberg pensa diferente do companheiro. "Toto e Paddy Lowe são extremamente competentes e isso está nas mãos deles. Se eles sentirem que isso é o certo, eu vou aceitar. É assim. Não está em meu controle", comentou o alemão sobre a possibilidade de acatar ordens da equipe.

Sobre o incidente na Áustria, Rosberg acredita não ter sido o culpado pelo toque no companheiro. "Eu tinha o carro sobre controle total. Não travei pneus ou qualquer outra coisa. Ele vindo pra cima me pegou de surpresa. Parece que ele falou em uma entrevista que eu estava em seu ponto cego, deve ter sido por isso que ele entrou", comentou o alemão.

"Os fiscais falaram que a culpa foi minha. Eu não perdi pontos, mas ser culpado por isso é uma droga. Eu perdi e ele ganhou. Fui o azarado e ele o sortudo", completou Rosberg sobre os pontos perdidos. Com a batida, o líder do campeonato terminou na quarta posição, atrás de Max Verstappen e Kimi Raikkonen.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade