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FIA testa Halo com base em acidente de Fernando Alonso na Austrália

16 jan 2017 - 10h21
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É certo que mudanças para garantir a maior segurança dos pilotos serão implementadas na Fórmula 1 a partir de 2018, e a instalação do Halo nos carros parece ser a mais próxima de se concretizar. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), inclusive, fez uma simulação do impressionante acidente sofrido por Fernando Alonso no GP da Austrália no ano passado com o recurso instalado no carro.

No segundo semestre de 2016 foram realizados alguns testes com os pilotos da Fórmula 1. Eles guiaram os carros com o Halo instalado e tiveram de dar um feedback aos responsáveis pelos estudos. Agora, tendo como base o acidente de Alonso, que acabou tocando no carro de Esteban Gutiérrez e voando contra o guard-rail, as autoridades parecem ter gostado do que coletaram.

"Nós analisamos especificamente esse acidente quando fizemos os estudos do Halo. Nós vimos como o carro chegou ao chão, mas a pergunta principal era sobre o que aconteceria se o piloto precisasse sair do carro. A resposta veio em duas partes: a primeira é que, no procedimento padrão, os ficais viram o carro de volta. Aceitamos que, se o cara se sentir bem, ele nunca vai esperar por isso, ele sempre vai tentar sair antes", explicou o diretor de corrida e segurança da FIA, Laurent Mekies, em entrevista ao Autosport.

"Não é uma ótima ideia se você considerar todo o sistema elétrico do carro, então prefiro que ele espere, mas entendemos que é dessa maneira. Nós colocamos um de nossos chassis de cabeça para baixo com um Halo e pusemos Andy Mellor (consultor do Instituto de Segurança do Esporte a Motor) no pior cenário possível e pedimos a ele para sair do carro exatamente na posição que estava Fernando, ele incrivelmente conseguiu", continuou.

Ainda que os estudos estejam dando resultados cada vez mais positivos quanto a implementação do Halo nos carros, os pilotos da Fórmula 1 ainda não possuem tanta certeza sobre a possível grande mudança na categoria.

"Sentimos que o Halo criou realmente um espaço de respiração para o competidor. Quando mostramos isso aos pilotos, eles não ficaram impressionados com a velocidade com que Andy deixou o carro, mas eles realmente pediram para tentar antes que o Halo seja introduzido, por isso talvez eles acabem recebendo um treinamento", finalizou Mekies.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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