PUBLICIDADE

Nos 40 anos sem Pace, Wilsinho lembra feito do amigo antes de vencer no Brasil

18 mar 2017 - 09h20
Compartilhar
Exibir comentários

Há exatas quatro décadas, o piloto brasileiro José Carlos Pace falecia em acidente aéreo, aos 32 anos de idade, deixando carreira histórica no automobilismo como um dos pioneiros do Brasil na Fórmula 1, onde correu ao lado dos amigos Wilsinho e Emerson Fittipaldi. Sua primeira e única vitória na categoria foi no Grande Prêmio do Brasil em 1975. No entanto, a glória de cruzar a linha de chegada em primeiro podia ter acontecido antes.

Quem conta a história em contato com a Gazeta Esportiva é Wilsinho Fittipaldi, grande amigo de Pace, e que lembra como a vitória chegou a ficar ao alcance do brasileiro no Grande Prêmio da Argentina, prova anterior ao circuito em Interlagos, mas acabou escapando do piloto que na época corria pela equipe da Brabham.

"Ele deixou um grande legado. Venceu o Grande Prêmio do Brasil em 1975, e já era para ter vencido na Argentina antes naquele ano. Só não aconteceu pois ele sentiu um mal súbito devido ao calor da pista. Ele iria vencer quando sentiu tontura dentro do carro", afirmou Wilsinho, lembrando o episódio.

José Carlos Pace acabou abandonando a partida devido ao problema, e adiou sua vitória para a prova em terras brasileiras. Curiosamente, neste mesmo Grande Prêmio da Argentina, ocorreu a estreia, pelas mãos de Wilsinho, da Equipe Fittipaldi, escuderia brasileira de Fórmula 1 que integrou a categoria entre 1975 e 1982.

Por ter vivido junto de Pace desde a infância, o ex-piloto tem propriedade ao afirmar que o amigo sempre foi determinado e apaixonado pelas corridas, mesmo quando os anos de glória na Fórmula 1 ainda eram distantes e estavam por vir.

"Éramos amigos desde os 12 anos de idade. Corríamos juntos desde essa época, com carrinhos de rolimã. Nunca sonhávamos que um dia, chegaríamos a Fórmula 1. Ele sempre correu com dedicação. Sempre foi um grande esportista e fez o caminho exato de qualquer piloto que almeja um dia a Fórmula 1, passando por Fórmula 3, Fórmula 2, e outras categorias", acrescentou Wilsinho.

Hoje na administração da Fórmula Vee, categoria criada para profissionalizar e formar pilotos que almejam fazer carreira nas principais categorias automobilísticas do mundo, Wilson Fittipaldi Jr. comenta o foco do trabalho feito no Brasil, ressaltando que a Fórmula 1 não é o único caminho possível para quem deseja ingressar na área.

"Objetivo é criar pilotos com capacidade de pilotar carros fora do país. Não só para a Fórmula 1, mas para diversas outras categorias, como a Indy, a Nascar, que é a Stock Car americana… e a Fórmula 1 incluída nessa. Dependerá da capacidade do próprio piloto, mas ele terá a possibilidade de tentar alguma dessas categorias", concluiu.

Especial para a Gazeta Esportiva*

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade