Operadora põe em dúvida sequência de Silverstone na F1 após 2019
A empresa que opera o autódromo de Silverstone, que sedia o Grande Prêmio da Grã-Bretanha de Fórmula 1, pôs em dúvida a continuidade do circuito após 2019. Sob a alegação de que os gastos com o local se tornaram "muito altos", o presidente da mantenedora BRDC, Derek Warwick, cogitou usar uma cláusula de rescisão do contrato para que o autódromo não receba mais corridas da modalidade a partir da temporada de 2020.
Segundo o portal Autosport, o contrato de Silverstone com a Fórmula 1 é válido até 2026. Mas há uma cláusula de rescisão no contrato que pode ser acionada pelo circuito ou por Bernie Ecclestone, presidente da modalidade. "No final do dia, se você não conseguir arcar com os custos, você não poderá arcar com os custos", disse Warwick.
"Estamos analisando se nós estaremos em 2019, se gostaríamos de ter o GP, e se poderemos manter Silverstone sem o GP", acrescentou Warwick, dizendo que o investimento nos últimos anos com o circuito foi de 50 milhões de libras (quase R$ 210 milhões). Segundo o operador, não houve o apoio do governo nem de patrocinadores para manter o autódromo.
"Chegamos a uma situação que se tornou muito cara para nós", explicou Warwick. Apesar de a cláusula de rescisão valer só a partir de 2019, a operadora BRDC terá de manifestar o desejo de acioná-la antes do GP do próximo ano, marcado inicialmente para o dia 9 de julho. "Temos nove meses para acioná-la. Ou talvez Bernie o fará. Nunca sabemos o que pode acontecer".
A BRDC tem negociado a venda de Silverstone com outras quatro empresas. Questionado se um acordo poderia manter o circuito na Fórmula 1, Warwick afirmou que dependerá da quantia que os interessados estão dispostos a investir. "Tudo gira em torno dos números. Demos nosso melhor para apoiar e assegurar o GP da Grã-Bretanha. Mas, para levá-lo adiante, talvez seja preciso de um apoio maior de terceiros", concluiu Warwick.
Gazeta Esportiva
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