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DeMarcus Cousins cancela ida a projeto social no Rio por motivos de segurança

4 ago 2016 - 19h28
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Por motivos de segurança, o pivô DeMarcus Cousins, do Sacramento Kings e da seleção olímpica de basquete dos Estados Unidos, cancelou presença nesta quinta-feira em um projeto social na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro, onde se encontraria com diversas crianças que praticam basquete.

A notícia do cancelamento chegou com uma hora de atraso e no pior momento possível, quando o ex-jogador e presidente da Associação de Basquetebol de Veteranos do Rio de Janeiro (ABVRJ), Paulista, explicava para pais e crianças as regras determinadas pela NBA para o evento.

Confirmada a ausência do jogador, a associação imediatamente retomou as atividades regulares, exceto pelo número reduzido de 45 crianças, uma das limitações impostas pela liga de basquete americana, já que há 120 cadastrados no projeto.

"É frustrante porque impuseram várias regras, como a quantidade de crianças e detalhes de infraestrutura. Acredito que tenha sido algo além da vontade dele (Cousins). Foi dito que o FBI não liberou a vinda", afirmou o idealizador do projeto.

Paulo César tem 11 anos, frequenta a ABVRJ há dois e, apesar de não acompanhar as partidas da NBA, via a visita de Cousins como uma oportunidade única de aprendizado. Além de jogar como pivô, a mesma posição do americano, também pretende ser jogador profissional de basquete.

"Fiquei muito triste porque seria um sonho, nunca vi um jogador da NBA de perto. Eu pediria para ele me ensinar varias coisas, queria aprender. Com isso eu ia pegar muitos rebotes, nao ia deixar ninguém pegar a minha bola. Quero ser profissional e quero ser um dos melhores do mundo", declarou.

Ainda não está confirmado um possível reagendamento da atividade. Esta é a primeira vez de Cousins no Brasil, e o jogador é conhecido por ações beneficentes. Ao renovar contrato com os Kings em 2013, o americano anunciou uma doação de US$ 1 milhão por temporada a famílias e comunidades de Sacramento, capital do estado da Califórnia.

Com duas convocações para o All-Star Game, em 2015 e 2016, escolhido duas vezes para o "Segundo Time da NBA" nos mesmos anos e uma para o "Primeiro Time de Calouros", em 2011, o pivô era aguardado com ansiedade na quadra em que as crianças finalmente conheceriam de perto um integrante do "Dream Team".

De acordo com Paulista, o objetivo da visita de Cousins era "plantar uma semente" para o futuro do basquete e das crianças que participam do projeto, que inclui meninos e meninas de oito a 15 anos e é bancado por sócios e doadores.

A criação da ABVRJ, em 1987, tem como inspiração a história de vida de Paulista. Campeão mundial de basquete pela seleção brasileira em 1963, o ex-jogador teve infância humilde e precisou superar barreiras para alcançar o sucesso profissional.

"Nasci duas vezes, uma em 1939 e a outra na infância, quando conheci a bola. Meus pais eram imigrantes italianos e chegaram ao Brasil sem nada. Criei esse projeto para tentar dar às crianças menos favorecidas o que não tive, é a minha forma de contribuir", explicou.

EFE   
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