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Lei contra LGBT faz NBA tirar próximo All-Star Game da Carolina do Norte

22 jul 2016 - 05h11
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A NBA anunciou nesta sexta-feira que o All-Star Game de 2017 não será disputado em Charlotte (Carolina do Norte), como estava previsto, por causa de uma lei que obriga os transexuais nesse estado que utilizem os banheiros de acordo com o gênero com o que nasceram e não com o qual se identificam.

Em comunicado, a NBA explicou que tanto a liga como os Charlotte Hornets, a franquia que tem sede na Carolina do Norte, tentaram estabelecer vias de diálogo com as autoridades estaduais para negociar "mudanças positivas" na legislação, mas sem sucesso.

"Nestas conversas nos guiamos pelos valores da nossa liga. Estes não são apenas a diversidade, inclusão, igualdade e respeito pelos outros, mas também a disponibilidade de ouvir e considerar pontos de vista opostos", apontou a NBA.

Após não conseguir mudanças na controversa lei que foi aprovada em março e que também eliminou os protocolos que protegiam da discriminação os homossexuais, bissexuais e transexuais, a NBA optou pela mudança de localização.

"Embora entendemos que a NBA não pode impor leis nas cidades, estados ou países onde fazemos negócio, nós não acreditamos que possamos organizar com sucesso nosso All-Star em Charlotte com a situação criada após a aprovação da lei", afirmou a liga.

A nova sede será anunciada nas próximas semanas, e aparecem como fortes candidatas Nova Orleans (Louisiana) e Orlando (Flórida). A próxima edição do All-Star Game está prevista para os dias 17, 18 e 19 de fevereiro de 2017.

No entanto, a NBA mostrou sua vontade de organizar o All-Star em Charlotte em 2019 (no ano anterior será em Los Angeles) se tiverem mudanças na legislação estadual.

Após conhecer a notícia, o governador da Carolina do Norte, o republicano Pat McCrory, divulgou um comunicado onde acusou a NBA, que ele descreveu como "elite empresarial", de "impor seus pontos de vista políticos onde eles fazem negócios, fugindo dos processos democráticos".

"Durante meses, as elites esportivas têm desprezado nossas leis e demonizado o povo da Carolina do Norte, simplesmente porque achamos que os meninos e meninas têm o direito de utilizar os banheiros, vestiários e chuveiros sem o sexo oposto presente", acrescentou McCrory.

Além do All-Star, McCrory também viu como grandes artistas como Bruce Springsteen, Ringo Starr e Itzhak Perlman cancelaram suas apresentações na Carolina do Norte após a aprovação da lei.

EFE   
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