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Pivô turco da NBA adota sobrenome de clérigo que estaria por trás de golpe

9 ago 2016 - 12h28
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Renegado pela própria família por ser um seguidor do clérigo muçulmano Fethullah Gülen, o pivô Enes Kanter, que atua na NBA pelo Oklahoma City Thunder, adotou em seu perfil em turco no Twitter o sobrenome do líder religioso, que vive nos Estados Unidos e a quem o governo da Turquia acusa de ter instigado o fracassado golpe militar do dia 15 de julho.

A devoção a Gülen fez com que a família do jogador o "desonrasse" e cortasse relações com ele, segundo o próprio, que divulgou um comunicado a respeito na rede social.

"Meu próprio pai me pediu que mudasse de sobrenome, a mãe que me deu à luz me rejeitou, e os irmãos com os quais cresci me ignoram", escreveu no Twitter o pivô de 211 centímetros de altura.

Segundo o jornal "Hürriyet Daily News", após reiteradas manifestações de Kanter em favor de Gülen, seu pai divulgou recentemente uma nota para pedir desculpas ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e "ao povo turco" pelas declarações de seu filho.

"A partir de agora, minha família são os seguidores de Gülen agitando a bandeira turca em mais de 171 países. Minha família é Gülen, que está em lágrimas. Os tiranos serão derrotados em pouco tempo", disse no comunicado o pivô, que nasceu na Suíça enquanto seu pai obtinha o título de doutor em medicina pela Universidade de Zurique.

A Turquia reivindica aos Estados Unidos a extradição de Gülen e deteve 22 mil pessoas por suposta ligação com o clérigo, que já foi aliado de Erdogan e vive no estado da Pensilvânia (EUA) desde 1999.

EFE   
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