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Brasil encara Chile em ascensão e disposto a mudar história

27 jun 2014 - 19h44
(atualizado às 21h48)
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A seleção brasileira entrará em campo no Mineirão no sábado com o apoio da torcida e um histórico bastante favorável contra o Chile em Copas do Mundo, mas consciente de que o rival evoluiu e quer fazer história em solo brasileiro.

Marcelo durante treino da seleção brasileira em Belo Horizonte. 27/06/2014
Marcelo durante treino da seleção brasileira em Belo Horizonte. 27/06/2014
Foto: Toru Hanai / Reuters

"Penso que desde a chegada do Jorge (Sampaoli, técnico do Chile), a equipe teve uma nova dinâmica, uma performance muito melhor. Os jogadores foram adaptados ao sistema que ele acha o melhor e a equipe produziu de tal forma que está num patamar acima do que estava", disse o técnico Luiz Felipe Scolari em entrevista coletiva no Mineirão nesta sexta-feira.

O argentino Sampaoli assumiu a seleção chilena em dezembro de 2012. Fã das táticas de seu compatriota Marcelo Bielsa, ele impôs ao time um estilo dinâmico, que pressiona a saída de bola dos adversários. Neste Mundial, o Chile impressionou ao vencer a atual campeã mundial Espanha por 2 x 0 e eliminá-la do torneio.

Felipão, no entanto, não está disposto a mudar o esquema de jogo do Brasil.

"A gente vai montar nossa equipe de acordo com nosso padrão de jogo, naquilo que queremos... se der certo ou errado, teremos alternativas", disse o treinador brasileiro, alertando que pode mudar seu sistema durante a partida.

Segundo Felipão, não apenas ele, mas os jogadores "podem discutir" o esquema que o Brasil coloca em campo, e o técnico descartou usar a baixa estatura chilena como arma a seu favor, porque é "preciso ter tempo de bola, e eles têm um tempo de bola muito bom".

Na última vez em que Brasil e Chile se encontraram, os brasileiros sofreram para vencer os chilenos por 2 x 1, num amistoso em Toronto em novembro do ano passado, com um gol de Robinho no final da partida.

A partida de sábado, no Mineirão, promete ser equilibrada e tensa, com os chilenos apostando em sua velocidade e jogo coletivo.

“A história mostra que sempre cruzamos com Brasil; é uma das maiores expressões do mundo. Vencer o Brasil não é nada fácil, ainda mais agora em casa“, declarou Sampaoli. “Temos de novo possibilidade de mudar uma história muito complexa para nós”, completou.

HISTÓRICO EM COPAS

Essa será a quarta vez que o Brasil enfrentará o Chile em Mundiais. Na primeira vez, em 1962, os brasileiros venceram os então anfitriões do torneio por 4 x 2 para depois conquistarem o segundo título mundial de sua história.

Os dois últimos confrontos foram mais recentes e ambos pelas oitavas de final. Em 1998, comandado por Ronaldo, o Brasil ganhou por 4 x 1, e em 2010 obteve uma vitória por 3 x 1.

Desta vez, no entanto, os chilenos querem mudar essa história e acreditam que têm um time com mentalidade vencedora e capaz de reverter esse retrospecto.

"Temos que ter essa mentalidade ganhadora e vamos tentar ganhar a partida porque chegamos ao Mundial para fazer história", disse o atacante Alexis Sánchez em coletiva de imprensa.

O zagueiro e capitão do Brasil Thiago Silva rebateu e disse ter confiança em sua equipe. "Ele confia no time dele e eu no meu... Se ele veio aqui fazer história, eu também", afirmou, desdenhando do retrospecto favorável.

"Para nós são dados estatísticos. Esse time não é o time de 62... para nós não interessa, é indiferente."

"O que eles (chilenos) fizeram para estar neste patamar foram esses jogadores e não os de antigamente. A gente tem que tomar cuidado porque é uma equipe extremamente perigosa e habilidosa", completou.

(Com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier; Edição de Pedro Fonseca)

((tatiana.ramil@thomsonreuters.com; 5511 56447765; Reuters Messaging: tatiana.ramil.thomsonreuters.com@reuters.net))

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