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Após acerto com Tite, Del Nero vai tirar nova licença da CBF

16 jun 2016 - 12h49
(atualizado às 14h37)
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O acerto com o técnico Tite, que deve ser formalizado nesta quinta-feira, deixou as portas abertas para mais uma licença do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Ele deve se afastar temporariamente da entidade, pela terceira vez, ainda em junho, ou em julho. Del Nero já comunicou a decisão a seus cinco vices, conforme o Terra apurou com exclusividade. A princípio, vai ficar longe da confederação para tratar de um problema de saúde.

Del Nero, na verdade, não contava com o fiasco da Seleção na Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Estava convicto de uma boa campanha naquele torneio e da sequência do trabalho do técnico Dunga e do coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi. Com a eliminação precoce da equipe, em derrota para o Peru, ele decidiu que deveria mudar o comando do futebol.

Foto: Pedro Martins/Agif / Gazeta Press

O dirigente quer sair de foco nas próximas semanas e deixar que Tite e a Seleção centralizem os assuntos relacionados à CBF. Del Nero foi indiciado em 2015 pela Justiça dos EUA por crimes de corrupção, e tambem é investigado pelo Comitê de Ética da Fifa e por duas CPIs, na Câmara e no Senado Federal.

A crise institucional da CBF foi agravada pelos maus resultados da Seleção, e a decisão de afastar Dunga e Gilmar Rinaldi foi tomada para evitar mais problemas. Entre a cúpula da CBF não havia mais dúvida de que a comissão técnica teria de ser substituída, depois do vexame no jogo com o Peru. Os aliados mais influentes do presidente fizeram coro pelo nome de Tite, reconhecido também por Del Nero como o melhor técnico brasileiro em atividade.

Del Nero entrou de licença pela primeira vez em dezembro de 2015, e deixou em seu lugar o vice, Marcus Vicente. Em janeiro, o presidente reassumiu o poder e, em seguida, se licenciou novamente, deixando no posto máximo outro vice, o coronel Antônio Nunes. Em abril, voltou à presidência da CBF. Agora, já decidiu por novo período de afastamento. Essa instabilidade na direção da entidade afeta diretamente a representatividade da CBF, particularmente na Fifa e na Confederação Sul - Americana de Futebol.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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