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Número reduzido de torcedores mostra desprestígio da Seleção

21 jul 2016 - 18h01
(atualizado em 22/7/2016 às 09h04)
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Na parte interna da Granja Comary, pouca gente quis assistir ao treino
Na parte interna da Granja Comary, pouca gente quis assistir ao treino
Foto: Silvio Alves Barsetti

Nem mesmo a presença de Neymar tem sido suficiente para a Seleção brasileira voltar a receber a atenção dos moradores de Teresópolis, onde fica a concentração da CBF, na região serrana do Rio. A equipe olímpica,  que conta com o craque do Barcelona, está na cidade faz quatro dias e só não vive sob anonimato por causa da cobertura jornalística. Nesta quinta, por exemplo, havia apenas 18 pessoas dentro do condomínio do centro de treinamento, com o objetivo de ver a atividade dos atletas.

Do lado de fora do CT, um grupo não superior a 60 pessoas nutria a esperança de um contato próximo. Todos acabaram liberados para acompanhar os últimos 15 minutos de treino. E ainda fizeram alguns selfies com Neymar e companhia.

Isso tudo contrasta com a história da Seleção na cidade.  Nos anos 60, alguns treinos do time chegavam a atrair 10 mil pessoas. Assistiam a tudo de pé e muitos conseguiam autógrafos dos jogadores. Pelé era um dos mais assediados. Essa interação ocorreu antes da inauguração da concentração da CBF.

Depois, já nos anos 90 e 2000, embora sem o agrupamento de multidões,  o movimento continuou intenso no entorno da Seleção em Teresópolis. Em grande parte, isso se deu graças ao apelo popular de craques como Romário, Bebeto, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Durante a Copa de 2014, a relação se intensificou e foi preciso conter centenas de torcedores que tentavam invadir os campos de treinamento por condomínios vizinhos.

"Estamos aqui de pé,  esperando, há uma hora. Só vão deixar a gente entrar no final do treino", contou Emanoela Pinheiro, ao lado do marido Mateus e do filho Miguel, de 8 anos. Eles ficaram entre 15h50 e 16h50 sob a chuva e o vento, na parte interna do condomínio, sem abrigo, a menos de 100 metros de uma pequena arquibancada reservada a convidados da CBF - que estava vazia. O espaço seria ocupado pelos poucos torcedores na parte final do treino.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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