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'Professor' Tite começa escorregando nos 'adjetivos'

21 jun 2016 - 07h54
(atualizado às 10h03)
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Na sua primeira entrevista como técnico da seleção brasileira,  Tite demonstrou convicção no propósito de se manter fiel a seus conceitos. Foi assim por quase 45 minutos, ontem,  no auditório da CBF. Mas, por duas vezes, ele trocou a classe das palavras. Logo no início do contato com os jornalistas,  o ex-treinador do Corinthians disse que trabalharia com os "adjetivos" excelência,  democratização,  modernidade e transparência.

As quatro palavras simbolizam valores apregoados por Tite e marcam a sua trajetória profissional. Mas não são adjetivos. Todas elas se definem como substantivos femininos.

Na 'Novíssima Gramática da Língua Portuguesa,'  de  Domingos Paschoal Cegalla, adjetivos são classificados como "palavras que expressam as qualidades ou características dos seres". Para o filólogo Celso Cunha, o adjetivo "é essencialmente um modificador do substantivo".

Ainda na entrevista, depois de tentar justificar mais de uma vez sua decisão de aceitar o convite da CBF,  mesmo como signatário de um documento a favor da renúncia do presidente da entidade,  Marco Polo Del Nero, Tite voltou a misturar as classes gramaticais em outra de suas respostas sobre o seu novo papel. "Os adjetivos democratização, transparência e modernização; eles permanecem enquanto conceitos (que defendo) em todas as áreas. É o que eu penso."

Embora tenha trocado modernidade por modernização na segunda citação, Tite se confundiu mais uma vez ao tratar as duas palavras como adjetivos.  Ambas são substantivos femininos.

Foto: EFE
Fonte: Silvio Alves Barsetti
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