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Tite busca harmonia na Seleção com critérios bem definidos

16 set 2016 - 17h22
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Tite durante anúncio da Seleção
Tite durante anúncio da Seleção
Foto: Pedro Martins / MoWA Press / Divulgação

Aos poucos, o técnico Tite tenta dar algum alento à Seleção, estigmatizada pelo vexame como anfitriã da Copa do Mundo de 2014. Ele se destacou com um início promissor, com duas vitórias contra adversários dificeis e rivais (Equador e Colômbia) na luta pela classificação ao Mundial da Rússia. Como avalista de seu colega Rogério Micale, Tite também teve participação, mínima que seja, no sucesso da equipe sub-23, vencedora da medalha de ouro nos Jogos do Rio.

Isso tudo sugere um indício de novos tempos para a Seleção. Essa mudança repentina pode ser explicada, em parte, pelos critérios adotados pelo treinador na relação com jogadores, dirigentes, seus auxiliares na comissão técnica e imprensa. Ele não se incomoda,  por exemplo, de dar detalhes sobre suas decisões, sempre em defesa de conceitos que considera corretos e, acima de tudo, justos.

Nesta sexta, ao anunciar o nome de 24 jogadores para os confrontos do Brasil com Bolivia (dia 6 de outubro, em Natal) e Venezuela (dia 11, em Mérida), Tite fez questão de dizer por que tomou a atitude.

"O Paulinho está suspenso do primeiro jogo. Mas pode atuar na segunda partida. Então, não seria correto privá-lo de estar conosco. Assim, eu listei 24 atletas. Vinte e três em condições de jogo com a Bolívia."

A demonstração de que não quer construir na Seleção uma relação com resíduos do passado levou Tite primeiro a chamar Marcelo e nesta sexta a convocar Thiago Silva. Os dois estavam 'fritados' por Dunga, com quem tiveram desentendimentos. "Telefonei para os dois (nas últimas semanas). Conversamos sem citar fatos que ocorreram, nada disso. Sem julgar pelo que passou. Temos que pensar para a frente."

A fim de preservar clubes em disputas importantes, Tite também deixou claro seu critério em situações específicas. "Minha prioridade obviamente é a Seleção.  Mas vai haver caso em que eu vou ter a opção de dois atletas no mesmo nível. Então, não me custa ver qual o clube que está precisando mais daquele atleta, para eu não prejudicar o trabalho de ninguém."

"Tudo é  melhor quando se tem transparência,  mais clareza. É assim que eu me conduzo", afirmou ele, no final da entrevista na sede da CBF, na tarde desta sexta. 

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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